SÃO PAULO - Uma funcionária da campanha presidencial de Guilherme Boulos (PSOL) registrou nesta quarta-feira, 29, um boletim de ocorrência na Polícia Civil no qual diz ter sido ameaçada com arma de fogo por um simpatizante do candidato Jair Bolsonaro (PSL). O caso teria ocorrido em frente ao comitê de campanha de Boulos, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo.
Segundo a vítima, que teve o nome preservado, um homem branco de aproximadamente 35 anos de idade passou em um carro em frente ao comitê de Boulos, na Rua Cardeal Arcoverde, gritando "Boulos o c..., aqui é Bolsonaro". Ela relatou à polícia ter respondido "o que é isso, fascista", quando ele mostrou uma arma em sua direção e seguiu seu caminho no veículo.
A campanha de Boulos conseguiu fotografar o veículo, um Chevrolet Classic preto, placa EXS-0031. Segundo a polícia, o carro está no nome da empresa Anderson Indústria e Comércio de Joias. Localizada na Barra Funda, a firma pertence a Anderson Ribeiro da Silva. A reportagem não conseguiu localizá-lo na noite desta quarta-feira. O caso foi registrado no 14.º DP (Pinheiros) da capital.
Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, Boulos disse que a "responsabilidade política" pelo ocorrido é do candidato Jair Bolsonaro. "Nós exigimos invesitgações e providências. Não é possível que o nível de intolerência, o nível de ódio, estimulado pelo próprio Jair Bolsonaro, chegue a esse ponto de ameaçar uma mulher ali em frente ao comitê. A responsabilidade política disso é do Bolsonaro, que sai estimulando uso de arma de fogo, que pega mão de criança e faz gestos de arma de fogo", afirmou Boulos.
Procurada, a campanha de Bolsonaro não se manifestou.
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