Após as reclamações do senador Magno Malta (PR-ES) e de seu aliado, o pastor Silas Malafaia, por não ter sido contemplado no ministério de Jair Bolsonaro (PSL), o presidente eleito afirmou que não prometeu nada a ninguém.
Não fiz campanha prometendo absolutamente nada para ninguém. Não temos como dar ministério para todo mundo. Gostaria, mas não seria producente", disse.
Bolsonaro afirmou que há espaço para Malta no governo, mas não como ministro. Na opinião de Malafaia, o senador só não foi reeleito porque se dedicou à campanha de Bolsonaro.
O presidente eleito disse que Malta ajudou muito e que o respeita. "Ele não vai ficar abandonado, mas, por outro lado, ele tem como participar do governo em outra função."
Bolsonaro afirmou ainda que está fazendo diferente ao nomear seu ministério sem aceitar indicação de partidos, mas disse que atendeu a grandes bancadas, como a ruralista. As indicações partidárias, disse, levaram à corrupção e são uma forma que "deu errado".
Segundo Bolsonaro, os militares futuros ministros são "pessoas técnicas, responsáveis e honestas". "Não escolhi porque são militares, mas pelo seu passado, seu conhecimento."
As declarações foram dadas à imprensa nesta sexta (30) durante visita à Comunidade Canção Nova, católica, em Cachoeira Paulista, a 200 km da capital. Antes disso, esteve em uma formatura de sargentos da Aeronáutica em Guaratinguetá (SP), cidade vizinha, e visitou o Santuário Nacional de Aparecida, também na região do Vale do Paraíba.
Bolsonaro disse respeitar todas as religiões e afirmou que foi até a basílica por ser cristão e católico. "O meu nome Messias veio por conta da gestação complicada da mãe, que era católica fervorosa."
Ao lado de padres na Comunidade Canção Nova, se emocionou ao agradecer a Deus por ter sobrevivido ao atentado a faca em Juiz de Fora (MG), durante a campanha.
"Sou sobrevivente. Aqui só estou por interferência de Deus", afirmou. Bolsonaro disse ter pedido para que a filha de oito anos não ficasse órfã.
(Folhapress) Foto: Jonas Pereira/Agencia Senado
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