Com 42 votos, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi eleito neste sábado, 2, em primeiro turno, presidente do Senado. Aos 41 anos, ele é agora quem preside o Congresso Nacional e o terceiro brasileiro na linha sucessória do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, atrás do vice Hamilton Mourão e do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
Em primeiro mandato, Alcolumbre teve uma atuação discreta nos primeiros quatro anos de legislatura na Casa, mas, na disputa pela presidência, revelou-se um hábil articulador, congregando os adversários de Renan Calheiros e os aliados do governo Jair Bolsonaro – ele teve o apoio do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também filiado ao DEM.
É um dos mais jovens senadores a assumir a presidência da Casa. É casado, tem dois filhos, e nasceu em Macapá (AP) em 19 de junho de 1977. É filho do mecânico José Tobelem e da empresária Julia Alcolumbre. O senador é um dos poucos judeus na política brasileira.
Alcolumbre estreou na política no início deste século. Foi vereador em Macapá – de 2001 a 2003, três vezes deputado federal e chegou ao Senado em 2015. Nas eleições de outubro passado, concorreu ao governo do Amapá e ficou em terceiro lugar.
Acusação
Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), declarou patrimônio de 770 mil reais. A eleição lhe rendeu uma acusação do Ministério Público Eleitoral por suspeita de pressionar servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Macapá (Semsa), em pleno horário de expediente, a participarem dos atos de campanha em seu favor e de sua vice, Silvana Vedovelli.
No Senado, presidiu a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) e participou de colegiados como a Comissão Temporária para Reforma do Código Comercial e da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul. Seus suplentes são José Samuel Alcolumbre Tobelem (DEM) e Marco Jeovano Soares Ribas (DEM).
(Veja) FOTO: Pedro França
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