

Nesta segunda-feira, com o Plenarinho da Assembléia lotado durante a CPI do Detran, o clima ficou tenso e esquentou durante o depoimento do ex-chefe da Casa Civil, que falou por 12 horas. Na abertura dos trabalhos, em discurso de 12 páginas, Busatto fez novas críticas ao vice-governador. Lembrou que a conversa com Paulo Feijó durou mais de uma hora e que o trecho divulgado pelo vice foi de apenas 20 minutos. Por diversas vezes, Busatto foi questionado pela oposição sobre afirmações de que os governos gaúchos usam verbas de órgão públicos para financiar campanhas. Ao responder as perguntas, o ex-chefe da Casa Civil irritou-se. Um dos momentos mais tensos durante o depoimento de Busatto à CPI do Detran foi no embate com a deputada Stela Farias do PT. Num primeiro momento, ela levou mais de meia hora para elaborar uma pergunta e Busatto a chamou de chata. Posteriormente, ele retirou essa ofensa dos anais da Assembléia Legislativa, mas em seguida, quando a parlamentar questionou se Busatto não teria prevaricado, já que ele estava em posse de informações de interesse da sociedade, ele disse que a deputada estava adotando uma maneira safada de fazer o debate e que esse tipo de política tinha tudo para aniquilar a sua vida pública. Já a deputada confirmou que ele a teria chamado de safada. O bate-boca esquentou. Irritado e se sentindo injustiçado, ele negou a acusação. Com isso, o ex-chefe da Casa Civil pediu para ser ouvida novamente a gravação da Casa. Após, o termo foi esclarecido. Os parlamentares, especialmente o presidente da CPI do Detran, considerou ofensiva a manifestação de Busatto, a sessão teve de ser suspensa e ele recebeu atendimento médico no Plenarinho da Assembléia Legislativa, numa sala isolada. Quando voltou a ser questionado pela Stela Farias, Busatto desculpou-se com a parlamentar. O depoimento do ex-chefe da casa Civil, Cézar Busatto, durou cerca de 12 horas. Durante a oitiva, estudantes ligados ao P-Sol, PSTU e PC do B e tentaram invadir a Assembléia Legislativa, porém sem sucesso. Seguranças desligaram as luzes do hall de entrada e bloquearam os acessos. Com gritos de ordem, sinalizadores, bandeiras e cartazes, eles pediam a saída da governadora Yeda Crusius, além de esclarecimentos sobre a conversa entre Busatto e Feijó. Manifestantes ligados a grêmios estudantis e a Une, que estavam nas galerias do Plenário, causaram muitas paralisações no trabalho. O presidente da CPI conseguiu contornar a situação, retomando o trabalho. O ex-chefe da Casa Civil faz uma avaliação do próprio depoimento Disse que foi bem, que foi difícil e se sentiu à vontade ao longo dos debates, que considera produtivos. "Foi uma prova de fogo", ressaltou, nesta que foi uma sessão histórica. Já o presidente da CPI do Detran, deputado Fabiano Pereira, observa que as revelações feitas por Busatto foram importantes, para se entender onde foi parar o dinheiro desviado. Fotos: AgAL.

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