Entrevista com jornalista autora do Livreiro de Cabul - Parte 3


VALÉRIA REIS
ALGUMAS PERGUNTAS:
RIGIDEZ

Asne conta que a família do livreiro é formada pelo patriarca, os irmãos, as duas esposas - uma das quais adolescente -. Também, estão os filhos de ambas mulhres e uma avó. Sultan é o filho mais velho e pode mandar em todos os irmãos. Só pelo fato de ser homem, pode mandar em todas as mulheres, também nas tias mais velhas). A organização familiar mostra rigidez, em função dos preceitos bem anteriores aos 'taleban, mostrando assim, as regras complexas que determinam os casamentos.

MULHER-OBJETO

Segundo a jornalista, as mulheres afegãs são como objetos. Primeiro elas pertencem ao pai, depois são vendidas ao futuro marido. O valor da mulher varia de acordo com a beleza e habilidade para o trabalho. Geralmente, as mulheres não saem de casa, pois são proibidas. Além disso, são obrigadas a usar a burca. O valor delas pode subir, em função da proteção aos olhos dos homens. Ela observa que só falta as mulheres do Afeganistão usarem etiquetas.
Mulheres Afegãs
Mesmo após a queda do Taleban, as mulheres submetem-se a casamentos arranjados pelas famílias, maridos poligâmicos e sofrem limitações para viajar, sair à rua, atividades laborais e se comunicar com os outros. Estas e muitas outras histórias compõem essa narrativa, mostrando como os costumes do país.

AFEGANISTÃO

Asne conta que no sul do Afeganistão não há nenhuma indústria e não há muito trabalho e quase nenhuma atividade. Pais de família sem emprego, acabam se tornando soldado taleban por poucos dólares por semana, para que a família não passe fome. Os civis acabam entram na milícia por necessidade, informa.

DIFICULDADES NO IRAQUE

Era muito difícil conseguir falar com as pessoas. A população tinha muito medo de falar com os jornalistas. “É bem difícil encontrar histórias, pois ninguém fala nada. É bem complicado.

COMIDA
Geralmente, os correspondentes de guerra ficam hospedados nas casas de moradores locais e pagam pela comida caseira. Hotel na região de conflito é difícil . Ela não gostou muito da culinária afegã. Explica que é bem pesada, sempre com carne de carneiro, carboidratos e tempero forte. Já a comida no Iraque lembra a comida que comemos em restautantes, em todas as partes do mundo.

TCHETCHÊNIA

A jornalista informa que esteve lá, na segunda guerra da Tchetchênia, em 1999. Ela viu muita destruição. Vilarejos eram massacradas e pessoas torturadas, além dos estupros, em decorrência de um exército brutal. Segundo ela, a vida lá na Tchetchênia ainda é permeada por conflitos. O presidente tchetcheno Alu Alkhanov governa com mão-de-ferro, explica.
PRESIDENTE LULA

O presidente Lula é bem conhecido e popular em toda a Europa, por ser fundador de um partido de esquerda que chegou ao poder.

FEIRA DO LIVRO

Fiquei impressionada com a beleza do prédio do Santander Cultural e com o tamanho da feira. Ela diz que Porto Alegre é conhecida e já tinha conhecimento do Fórum Social Mundial. Já os gaúchos são afetuosos e simpáticos. (Valéria Reis) Foto: Reprodução.
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