Nos Estados Unidos, a crise provocou o fechamento de 148 mil lojas, representando o pior natal dos últimos 40 anos nos país. Isso, de acordo com Marcos Gouvêa de Souza, prejudicou especialmente os shoppings, por serem ancorados principalmente por lojas de departamentos, que tiveram a pior queda. "Isso está fazendo com que fabricantes e varejistas revejam sua lógica de armazenamento, aumentando o giro do estoque, apostando na diminuição de gastos com embalagens e otimizando a logística de entrega. Nisso, eles estão aprendendo com o Brasil, que é acostumado a conviver com cenários como esse", explicou. Souza também destacou o papel do e-commerce como um contraponto à retração do consumo tanto nos EUA, como no Brasil, onde o setor cresceu acima da média do varejo em 2008. Segundo o consultor, dentre as 10 empresas de melhor desempenho nos Estados Unidos, quatro delas têm operações exclusivamente virtuais e somente duas tiveram origem tradicional. No entanto, elas foram as primeiras a investir na integração de diferentes meios de venda, trabalho com conceitos como a compra online e retirada na loja, ou assistência técnica na própria loja de marca (caso da Apple), facilitando a vida do consumidor e refletindo em seu grau de confiança no produto. "Ainda falta ao Brasil explorar melhor esses aspectos do varejo americano, que diversificam e complementam o e-commerce", observou. Nesse sentido, o consultor também vislumbra o desenvolvimento da mobilidade como grande nicho para o comércio, com o aprimoramento da telefonia 3G, entre outros recursos, o que deve beneficiar muito o Brasil, que tem 72% de penetração com a telefonia móvel. Outras tendências apresentadas por Serrentino e Souza levam em conta a ocorrência de alianças estratégicas entre grandes marcas, como a junção entre a Diesel e a Adidas, que está permitindo a migração da marca dos esportes para a moda ou a união entre a Nike e a Apple, para a venda de um iPod usado na prática esportiva.(Federasul)Foto: Federasul
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