A previsão anterior era a de que a CPMI
analisasse as movimentações do empresário desde 2006, mas o relator da
comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), acolheu a sugestão dos demais
membros da CPMI e ampliou, no pedido, a quebra de sigilo a partir de
2002. A quebra de sigilo faz parte do plano de trabalho apresentado
hoje e aprovado pelo plenário da CPMI.
Além de o pedido de quebra de sigilo, a
comissão aprovou o depoimento de Carlinhos Cachoeira, preso pela
Polícia Federal (PF), para o próximo dia 15 de maio. Também foi
aprovada a convocação do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO),
suspeito de ligações estreitas com o esquema liderado por Cachoeira. O
depoimento de Demóstenes ficou agendado para o próximo dia 31 de maio.
O plano de trabalho da comissão também
inclui os depoimentos dos delegados que conduziram, na PF, as operações
Vegas e Monte Carlo que investigaram as atividades de Cachoeira: Raul
Alexandre Marques Sousa e Matheus Mella Rodrigues. A CPMI também
aprovou os depoimentos dos procuradores da República Daniel de Rezende
Salgado e Lea Batista de Oliveira, além de mais sete pessoas
investigadas nos inquéritos.
No rol de testemunhas não está o nome
do dono da Delta Fernando Cavendish. De acordo com o relator,
inicialmente o foco da CPMI estará voltado para as atividades da
construtora Delta na região Centro-Oeste. A comissão aprovou a
convocação do gerente da Delta Centro-Oeste, Cláudio Abreu, para o dia
29 de maio.
Já no mês de junho, a CPMI passará para
uma segunda fase, dedicada a investigar as ligações de Carlinhos
Cachoeira com os governos estaduais. O plano de trabalho aprovado, no
entanto, não prevê audiências com os governadores Marconi Perillo
(PSDB-GO), Agnelo Queiroz (PT-DF) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ), alvos de
reportagens sobre suspeitas de envolvimento com o empresário goiano.
De acordo com Cunha, os governadores poderão ser convocados ao longo dos trabalhos. O
relator agendou a apresentação do relatório final para 23 de outubro, com o objetivo de votar o parecer dois dias depois. ABr
relator agendou a apresentação do relatório final para 23 de outubro, com o objetivo de votar o parecer dois dias depois. ABr
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