No
encerramento do 10º Congresso das Entidades Filiadas à Federasul nesta
sexta-feira, dia 01, em Canela, foi divulgada a Carta de Canela
salientando que o País vive um cenário de desaceleração da atividade
econômica e que as recentes medidas adotadas pelo governo federal
não parecem suficientes para uma retomada vigorosa e consistente do
crescimento econômico e controle da inflação em patamares mais baixos.
Os congressistas consideram que é preciso avançar para chegar a um ciclo
de desenvolvimento sólido. Na agenda de mudanças necessárias, a Carta
de Canela inclui o controle dos gastos públicos e a redução gradual da
carga tributária levando à redução da taxa de juros.
Os
participantes do Congresso também consideram que é importante
direcionar os investimentos públicos com prioridade absoluta para a
recuperação da infraestrutura e com adoção de parcerias
público-privadas. Para elevar os ganhos de produtividade, o presidente
da Federasul, Ricardo Russowsky, afirma que a Carta de Canela ressalta
que é preciso destinar uma parcela maior dos gastos à
educação e adotar medidas de estímulo à inovação. No âmbito estadual, é
salientada a importância de não ceder às pressões
corporativas e, efetivamente, realizar a reforma da previdência pública
no Estado, além de evitar gastos desnecessários em atividades que não
são típicas de Estado, especialmente a criação da denominada Empresa
Gaúcha de Rodovias que, além de gastos adicionais, não deverá ter uma
gestão eficiente.
Realizado durante dois dias, o 10º
Congresso das Entidades Filiadas à Federasul reuniu cerca de 300
pessoas no Hotel Continental e, nesta sexta-feira, o cenário econômico e
a importância da educação para atingir o crescimento sustentável
concentraram as atenções. Em sua palestra, o ex-presidente do Banco
Central, Gustavo Loyola, fez uma avaliação do cenário mundial afirmando
que a economia dos EUA está se recuperando, aumentou o número de
empregos e cresceu a confiança dos consumidores. "É um cenário positivo,
mas delicado", ponderou. A Europa, no entanto, está em plena crise
tanto estrutural de crescimento quanto fiscal. Ele alerta para os
efeitos devastadores de uma eventual saída da Grécia da Comunidade
Europeia, principalmente sobre outros países que passam por dificuldades
como Espanha e Itália. Loyola considera também que é preciso redesenhar
a estrutura de governança fiscal da Comunidade Europeia para reforçar a
união.
Em relação à economia brasileira, o ex-presidente do Banco Central teme que quando a inflação voltar a acelerar, o governo hesite mais em adotar medidas de controle via taxa de juros e use mais as medidas macroprudenciais. O economista André Azevedo, por sua vez, defendeu um choque de produtividade no Brasil e lembrou que a China duplicou sua produtividade na última década. Já o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, João Eloi Olenike, disse que em 2011 a carga tributária brasileira representou 36,02% do PIB. Além disso, de 1986 a 2011 houve um crescimento de 1.872% na arrecadação tributária enquanto no mesmo período o PIB apresentou uma elevação de 1.126%.
Em relação à economia brasileira, o ex-presidente do Banco Central teme que quando a inflação voltar a acelerar, o governo hesite mais em adotar medidas de controle via taxa de juros e use mais as medidas macroprudenciais. O economista André Azevedo, por sua vez, defendeu um choque de produtividade no Brasil e lembrou que a China duplicou sua produtividade na última década. Já o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, João Eloi Olenike, disse que em 2011 a carga tributária brasileira representou 36,02% do PIB. Além disso, de 1986 a 2011 houve um crescimento de 1.872% na arrecadação tributária enquanto no mesmo período o PIB apresentou uma elevação de 1.126%.
Educação executiva foi o tema do diretor-presidente
da HSM Educação, Marcos Barbosa, e do diretor acadêmico Fernando Serra.
Barbosa afirmou que o mundo está mudando, mas a educação
empresarial não acompanha esse cenário. Acrescentou que o foco da HSM é
“educação executiva de classe mundial, porém voltada à realidade
brasileira”. Serra, por sua vez, ponderou que o desafio é trabalhar
habilidades pessoais e profissionais.
A agenda da tarde incluiu a entrega de placas para oito entidades mantenedoras e também a apresentação de cases de
sucesso selecionados entre os inscritos e que mostram as soluções
vencedoras adotadas pelas Associações Comerciais e de Serviços e Centros
de Indústria e Comércio do interior que ajudaram as entidades a
resolver seus problemas com soluções inteligentes e de baixo custo. As
exposições foram feitas por representantes de Canela, Cândido Godói,
Caxias do Sul, Região Metropolitana/Vale dos Sinos/Vale do Caí,
Gravataí, Sapucaia do Sul e Bento Gonçalves.
A
jornalista Rosane Oliveira retornou ao encontro para falar sobre
política no Estado e Gustavo Ioschpe mostrou a importância da educação
para o desenvolvimento de um país. O vice-presidente da Federasul,
Carlos Alberto Carvalho Filho, animou os participantes com uma palestra
motivacional sobre seu livro, “Você é o cara”. No encerramento do
Congresso, houve a leitura da Carta de Canela. Foto: Federasul
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