Brasília - O presidente da Autoridade
Nacional Palestina (ANP), Mahmud Abbas, deu autorização para a exumação
dos restos mortais do seu antecessor, Yasser Arafat, disse hoje (9) um
representante palestino, Saeb Erekat.
A decisão foi tomada depois de haver
suspeitas de que o ex-líder palestino pode ter sido envenenado. Foi
encontrado um elemento químico chamado polônio em pertences de Arafat.
A ANP disse serem necessários testes nos restos mortais de Arafat para
essa confirmação. Segundo Saeb Erekat, a entidade deu autorização e
convidou especialistas suíços a realizarem os testes. “Estamos a
caminho de uma autópsia”, disse Erekat.
A viúva do ex-líder, Suha Arafat, autorizou na semana passada a exumação dos restos mortais do marido, morto em 2004.
Em outubro de 2004, quando estava
cercado pelo exército israelense no quartel general da ANP em Ramallah,
Arafat ficou gravemente doente de forma repentina. As causas de sua
morte, no dia 11 de novembro de 2004 em um hospital francês, não foram
esclarecidas até hoje. Existem suposições e rumores de que ele sofria
de câncer, cirrose ou aids, mas nenhuma dessas hipóteses foi comprovada.
Arafat foi fundamental na articulação
para um processo de paz entre Israel e Palestina. Ele foi o signatário
dos Acordos de Paz de Oslo, em 1993, que previam o fim dos conflitos e
a abertura de negociações sobre os territórios ocupados por Israel,
como a Faixa de Gaza. Pelo lado israelense, assinou o acordo, Itzhak
Rabin. A mediação do acordo foi feita pelos Estados Unidos, presididos
na época por Bill Clinton.
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