O presidente do Paraguai, Federico Franco, participa na próxima
semana da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em
Nova York, nos Estados Unidos, no esforço de mostrar que a democracia é
respeitada no seu país e que a destituição de Fernando Lugo do poder,
em junho, seguiu os preceitos constitucionais. Também quer apelar para
o fim da suspensão do Paraguai do Mercosul e da União de Nações
Sul-Americanas (Unasul).
Franco disse que, ao discursar, afirmará que é “injusta” a decisão
de suspender o Paraguai tanto do Mercosul quanto da Unasul devido à
destituição de Lugo. Ele pretende ainda reclamar da incorporação da
Venezuela ao bloco neste período em que o Paraguai está suspenso.
"Vamos falar sobre a situação real, vamos expor à comunidade
internacional o que aconteceu no Paraguai”, reiterou ontem o presidente.
Segundo Franco, o impeachment que ocorreu no país está
estabelecido na Constituição. Ele acrescentou que vai mostrar o quanto
foi injusta, arbitrária e ilegítima a suspensão.
Desde o fim de junho, o Paraguai foi suspenso do Mercosul e da
Unasul, pois os líderes políticos da região discordaram da forma como
Lugo foi destituído do poder. Para os líderes, houve o rompimento da
ordem democrática. O Paraguai nega irregularidades.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e o assessor
especial de Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco
Aurélio Garcia, reiteram que as decisões foram tomadas por unanimidade
no Mercosul e na Unasul. Eles dizem que aguardam o fim das suspensões
em 2013, após as eleições presidenciais no país.
*Com informações da agência pública de notícias do Paraguai, Ipparaguay/ABr
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