O novo presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, montou
seu staff e indicou, pelos nomes escolhidos, sua disposição de exercer
um mandato discreto, sem turbulências, protegido de desvios
administrativos e financeiros, com certa projeção internacional e a
preocupação de garantir acesso, ao tribunal, para pessoas em condições
de vulnerabilidade econômica ou social.
Para
ajudá-lo com esses planos, Barbosa nomeou como diretor-geral um auditor
do Tribunal de Contas da União Fernando Silveira Camargo, que cuidará
das contas da Corte. Antes de escolhido para o cargo, Camargo era
secretário de Gestão de Pessoas do TCU. De acordo com integrantes do
tribunal, a escolha de alguém com experiência em gestão pode destravar
algumas amarras do Supremo.
Barbosa já conversou
reservadamente com alguns ministros sobre a necessidade de agilizar os
julgamentos em plenário. Na pauta, há centenas de processos a espera,
número que aumentou em razão do julgamento do mensalão desde agosto
deste ano. Para ajudar nessa tarefa, o ministro indicou como
secretária-geral uma de suas assessoras mais antigas e que o auxiliou no
processo do mensalão - Flávia Beatriz Eckhardt.
No campo
político, a preocupação de Barbosa é afinar relações com os demais
Poderes. E para isso, chamou para chefiar seu gabinete um diplomata.
Silvio José Albuquerque e Silva, que comandou o Departamento de Direitos
Humanos e Temas Sociais do Ministério de Relações Exteriores, terá a
função de agregar, pacificar e afinar o contato do Supremo com o
Executivo e o Legislativo.
CNJ
Barbosa
será empossado presidente do Conselho Nacional de Justiça na próxima
semana. Até o momento, ainda não nomeou seus principais assessores. De
acordo com integrantes do CNJ, a definição do staff indicará como será
sua gestão.AE
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