Parlamentares contaram ao Estado que a pressão para que aprovassem a indicação foi feita pelo próprio ex-ministro, no contato com líderes, e por servidores do governo falando em nome de Dirceu. Parte desses telefonemas foi feita por Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo. “A indicação é de José Dirceu. Vocês precisam aprovar”, dizia Rosemary, segundo relatos de senadores.Nesta quarta-feira (28), Dirceu negou em seu blog envolvimento com o caso revelado pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal e disse que a citação a seu nome em escândalos de corrupção é uma “irresponsabilidade”. O delator do esquema descoberto pela PF, o ex-auditor Cyonil Borges, disse aos investigadores que tinha ouvido o nome do ex-ministro em conversas com o ex-diretor da ANA.O ex-ministro ainda criticou o noticiário da imprensa, que, segundo ele, estaria interessada no “sucesso midiático do escândalo”. Em seu blog, Dirceu mencionou outros inquéritos em que foi citado e disse que se sente “caluniado”. “As investigações ainda estão em curso e meu nome já é escandalosamente relacionado ao caso”, escreveu, lembrando Francisco Daniel, irmão do ex-prefeito assassinado Celso Daniel - que o acusou e acabou se retratando em juízo. AE
Senadores atribuem a Dirceu pressão para nomeações
Senadores atribuem ao ex-ministro José Dirceu a articulação pela aprovação dos irmãos Paulo e Rubens Rodrigues Vieira para as diretorias da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
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