O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se
reúne hoje (23) para discutir a situação no Oriente Médio e as
negociações entre israelenses e palestinos. A reunião ocorre no dia
seguinte às eleições parlamentares em Israel, que registraram empate
técnico entre os blocos de direita e centro-esquerda. As negociações de
paz em Israel foram interrompidas após o governo intensificar a
ampliação de colônias israelenses na Cijsordânia e em Jerusalém
Oriental.
Em carta enviada há dez dias ao secretário-geral da ONU, Ban
Ki-moon, o representante do Estado da Palestina na ONU, Ryad Mansour,
apelou para a interferência das Nações Unidas no tema. "Há um flagrante
desrespeito pela lei internacional, o que exige atenção urgente e uma
ação responsável da comunidade internacional", disse o diplomata
palestino.
Em dezembro, o governo israelense anunciou a construção de mais de 6
mil novas casas em áreas ocupadas pelos palestinos, principalmente na
região denominada E-1, em Jerusalém Oriental, seus arredores e a
Cisjordânia. Para os palestinos, é uma maneira de punir a população e
manter a política do Estado único.
O Brasil é contra a expansão das colônias em Jerusalém Oriental e na
Cisjordânia. Em vários discursos, a presidenta Dilma Rousseff defendeu o
direito a dois Estados autônomos – o de Israel e o da Palestina.
Os palestinos reclamam que a construção de casas por Israel em
território ocupado leva ao confisco de terras, isolamento de aldeias e
impedimento de acesso a escolas, hospitais, mercados e fazendas. "Todas
essas questões agravam a situação e as tensões no terreno”, disse o
representante da Palestina na ONU.
“Devemos enviar uma mensagem clara e forte a Israel para que cesse
imediatamente suas políticas ilegais e se comprometa com a paz”,
reiterou Mansour. Prensa Latina/ABr
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