O Prêmio Líbero Badaró de Jornalismo foi relançado em cerimônia na
segunda-feira em São Paulo. A premiação não era realizada desde 2002.
Esta será a sua décima edição e irá distribuir R$ 76 mil em prêmios a 11
diferentes categorias. As inscrições podem ser feitas até 20 de maio.
O nome do prêmio é uma homenagem ao primeiro jornalista assassinado
no Brasil durante o exercício da profissão, em 1830. Editor do
Observador Constitucional, Líbero Badaró foi morto a tiros quando
voltava para sua casa, no centro de São Paulo - e a rua acabou recebendo
seu nome. É dele também um dos primeiros textos publicados no País em
defesa da liberdade de imprensa.
Manuel Alceu Ferreira, advogado do jornal O Estado de S.Paulo,
relatou a censura que o jornal sofre há mais de três anos, ao ser
impedido de publicar informações relativas à operação Boi Barrica da
Polícia Federal, que envolve o empresário Fernando Sarney, filho do
senador José Sarney (PMDB-AP).
Ele defendeu a volta da Lei de Imprensa, adaptada aos princípios
democráticos. O texto original foi revogado em 2009 pelo Supremo
Tribunal Federal - era uma das últimas legislações do tempo da ditadura
ainda em vigor.
Já a advogada do jornal Folha de S.Paulo, Taís Gasparian, afirmou não
ser favorável a uma nova lei, mas defendeu a necessidade de
regulamentação em algumas áreas.
O diretor da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo
(Abraji), Guilherme Alpendre, afirmou que na entidade há correntes que
defendem as duas ideias. Ele fez ressalvas a dados que colocaram o
Brasil no topo do ranking de países onde seria perigoso exercer a
profissão. AE
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