Ao comentar o lançamento do Plano Nacional de Consumo e Cidadania, a
presidenta Dilma Rousseff disse hoje (25) que o governo pretende
transformar a defesa do consumidor brasileiro em uma política de Estado.
Lançado no último dia 15, o pacote estabelece medidas para garantir a
melhoria da qualidade dos serviços e dos produtos ofertados ao
consumidor.
“Estamos tomando medidas para fortalecer os órgãos de fiscalização,
melhorar o atendimento feito pelas empresas e garantir a qualidade dos
produtos e dos serviços que são oferecidos. Queremos também, com essas
medidas, aumentar a transparência dos contratos e das contas e garantir
que as empresas deem respostas mais rápidas para os problemas que
surgirem.”
Durante o programa semanal Café com a Presidenta, ela
lembrou que uma das ações previstas no plano é a criação de uma lista de
produtos considerados essenciais e que, se apresentarem defeito,
deverão ter o problema resolvido na hora. Uma alternativa às empresas
será devolver o dinheiro referente ao produto, sem que o consumidor
precise procurar o Procon ou a Justiça.
“Já aqueles produtos que não são essenciais, nós vamos construir uma
política de estímulos à criação de assistência técnica no país, o que é
muito importante para o consumidor, mas que também garante emprego e
renda para muitas pessoas que participarem da atividade de assistência
técnica.”
Dilma ressaltou que o governo também pretende criar regras em
relação a compras feitas pela internet, o chamado comércio eletrônico. A
ideia, segundo ela, é dar mais transparência e definir normas para o
que chamou de direito de arrependimento do consumidor em relação à
compra (quando o produto não corresponde às expectativas).
“Muitas vezes, o consumidor compra um produto e, quando recebe esse
produto em casa, descobre que não é exatamente o que ele esperava.
Ninguém gosta de comprar gato por lebre, você não acha? Então, nós
queremos deixar tudo muito claro, porque o comércio eletrônico está
crescendo muito.”
Por fim, a presidenta destacou que o plano deve fortalecer os
Procons em todo o país. A expectativa do governo é reduzir o número de
processos que vão parar na Justiça, acelerar as soluções para problemas
relacionados à compra e venda e estimular acordos diretos feitos entre
consumidor e empresa.
“Estamos trabalhando para que os brasileiros e as brasileiras tenham
cada vez mais acesso ao consumo de produtos e serviços, mas é nossa
obrigação garantir que esses serviços sejam de qualidade e que a
população receba atendimento respeitoso”, destacou. ABr
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