Fiscais federais agropecuários encerram paralisação geral à meia-noite de sábado

Os fiscais federais agropecuários encerrarão à meia-noite de sábado (31) a paralisação geral que dura desde quinta-feira (29) e retornarão à operação-padrão iniciada pela categoria no último dia 16 de agosto. De acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), Wilson Roberto de Sá, somente os fiscais do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), e parte dos funcionários do Paraná não aderiram à convocação para cruzar os braços por 48 horas.  Segundo o sindicalista, a greve da categoria tem 92% de adesão e está prevista uma nova paralisação geral na próxima semana. Ele também promete mais protestos.  
Os fiscais agropecuários reivindicam o fim do que consideram indicações políticas para cargos no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Eles são contrários à nomeação do advogado Rodrigo Figueiredo para a Secretaria de Defesa Agropecuária e do executivo Flávio Braile Turquino, que era vinculado à empresa Big Frango, para a direção do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal. A nomeação de Turquino, que ainda não tomou posse, foi publicada no Diário Oficial da União na última sexta-feira (23).
Segundo Wilson Roberto de Sá, Figueiredo não tem o perfil técnico necessário ao cargo e Turquino não pode ocupar um posto de fiscalização de empresas alimentícias por pertencer à iniciativa privada. De acordo com ele, a categoria só vai se desmobilizar após o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, revogar as nomeações que acreditam ser inadequadas.
Os fiscais agropecuários querem ainda o repasse de recursos para suas atividades diárias, o que não teria ocorrido em agosto.“Está faltando combustível nos nossos carros no Rio de Janeiro”, diz Wilson de Sá. Outra reivindicação é a ampliação do número de vagas em concurso para contratar 172 fiscais, cujo edital deve ser publicado em setembro. O presidente da Anffa Sindical diz que, até o momento, o Mapa não acenou com a possibilidade de sentar-se à mesa para debater os assuntos.
  Segundo a assessoria de comunicação da pasta, o ministério não se pronunciará por enquanto sobre a operação-padrão dos fiscais nem sobre as alegações a respeito de nomeações políticas e contingenciamento de despesas. De acordo com a assessoria, não há prazo para um posicionamento. ABr
 
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