A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
(CNA), senadora Kátia Abreu (PSD/TO), em discurso na abertura da
Expointer, em Esteio (RS), afirmou que na segunda-feira, 2, apresentará
projeto de lei determinando que áreas invadidas não possam ser
demarcadas nos três anos subsequentes. "É a ordem, a segurança jurídica
que nós esperamos do nosso governo", disse ela, ao denunciar a ação de
"entidades e organismos internacionais disfarçados com passaporte
brasileiro, que usam os índios para insuflar uma guerra falsa".
No discurso, a senadora citou a Medida Provisória que abriu os portos
brasileiros a investimentos privados, que considera essencial para
melhorar a estrutura de escoamento da produção. Ela destacou que, dois
meses depois da aprovação pelo Congresso Nacional, 50 empresários já
haviam se apresentado, declarando interesse em investir na logística do
País.
A senadora defendeu a continuidade dos investimentos em novas
tecnologias. Segundo ela, a tecnologia fez com que o agronegócio se
diferenciasse dos demais setores que hoje não conseguem produzir impacto
positivo no crescimento econômico do Brasil. Ela citou os dados
divulgados nesta sexta pelo IBGE, que apontam crescimento de 14,7% no
PIB da agropecuária no primeiro semestre deste ano. "Nos últimos três
meses, o PIB nacional teve alta de 1,5%, que representa menos da metade
dos 3,9% alcançados pelo setor agropecuário no período", observou.
No discurso, Kátia Abreu afirmou que para o setor agropecuário manter
a trajetória ascendente é preciso romper com as amarras que travam o
País na relação com novos mercados, fora do Mercosul. "Não podemos
permitir que o Brasil fique amarrado. Precisamos de acordos bilaterais
que possam levar o Brasil para o céu, porque o céu para o agronegócio é o
infinito", disse ela, ao defender acordos bilaterais com União Europeia
e a China. AE
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