O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse nesta sexta-feira que o
relatório de inspetores da organização confirmará que houve uso de armas
químicas em um ataque na periferia de Damasco, em 21 de agosto. A
previsão é que o documento seja revelado na semana que vem.
O documento trará a avaliação das provas recolhidas pelos funcionários
da ONU na região síria, onde rebeldes, organizações não governamentais e
países como Estados Unidos e França dizem que tropas do regime de
Bashar al-Assad usou armas químicas e matou centenas de civis.
Devido ao bombardeio, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama,
ameaçou a fazer uma intervenção militar no país, e pediu ao Congresso
americano que avaliasse a ação armada. No entanto, o ataque ocidental
perdeu força após a Rússia sugerir como solução a entrega das armas
químicas nas mãos de Assad.
Em reunião na sede das Nações Unidas, em Nova York, Ban Ki-moon afirmou
que o relatório trará informações impressionantes sobre o bombardeio
que, segundo ele, deixou 1.400 mortos.
"Acredito que o relatório será um relato esmagador, esmagador, de que as
armas químicas foram usadas, embora eu não possa dizer isso
publicamente antes de receber o relatório".
O chefe da organização ainda acusou o ditador sírio de ter cometido
"vários crimes contra a humanidade", embora não tenha dito se foram as
forças de Assad que usaram armas químicas em 21 de agosto.
O relatório também não trará quem foi o culpado pelo uso do armamento de
destruição em massa. Mais cedo, o chefe dos inspetores que foram à
Síria, Ake Sellstrom, disse que terminou o documento e apresentará a Ban
no fim de semana.
TRATADO
Mais cedo, a ONU informou que pediu mais dados a Damasco a serem
acrescentados aos documentos de adesão ao tratado internacional contra
armas químicas. O regime sírio anunciou na quinta (12) que pretende
entrar no tratado, como a primeira parte do plano russo para a
destruição do arsenal sírio.
No entanto, Assad condicionou a retirada do armamento ao fim das ameaças
dos Estados Unidos. Caso esses alertas terminem, o mandatário afirma
que assinará o acordo com a ONU e entregará as armas químicas 30 dias
depois.
A proposta de entrega das armas químicas foi feita por Moscou após o
secretário de Estado americano, John Kerry, ter afirmado que uma
intervenção americana seria evitada se o regime de Bashar al-Assad
destruísse seu arsenal.
Os Estados Unidos pretendiam atacar a Síria em represália ao suposto
ataque químico que teria ocorrido em 21 de agosto na periferia de
Damasco que, para Washington, causou a morte de 1.400 pessoas. Com a
proposta russa, a ação armada, que tem forte oposição da população
americana, perdeu força.(com agências internacionais de notícias.)
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