CPI da Telefonia ouve diretor da empresa Vivo


Deputado Bordignon, relator da comissão, questionou falta de investimentos da empresa em pesquisas sobre efeitos das radiações dos celulares na saúde

Presente em 409 municípios e com 6,4 milhões de clientes no Rio Grande do Sul, a empresa Vivo foi ouvida na tarde desta segunda-feira (23) na CPI da telefonia, na Assembleia Legislativa. O diretor de Relações Institucionais, Enylson Camolesi, compareceu para responder aos questionamentos dos deputados e informou que desde 2010 a empresa investiu R$ 646 milhões em suas operações no estado. O deputado Daniel Bordignon (PT), relator da comissão, cobrou da empresa investimentos em pesquisas para avaliação dos efeitos das radiações dos celulares e antenas (ERBs) na saúde dos usuários.
O parlamentar lembrou que este foi um dos principais alertas dos especialistas chamados para depor na CPI e que isto tem levado, inclusive, à criação de legislações específicas em vários municípios como forma de proteger a população dos possíveis impactos dessas radiações. "A principal restrição em relação à antenas próximas de locais como escolas e hospitais diz respeito a esta questão fundamental, sobre as graves consequências que isso pode ter para as pessoas, isso dito por especialistas que se debruçaram sobre este assunto", afirmou Bordignon.
Camolesi reconheceu que não há pesquisas neste sentido feitas ou financiadas pela Vivo. Segundo ele, a empresa faz apenas a certificação dos aparelhos mediante verificação se estão de acordo com as normas da Organização Mundial de Saúde (OMS). "Desconheço pesquisas feitas pela própria empresa", declarou. Ainda sobre a instalação das antenas, ele pediu ajuda aos parlamentares para uma revisão destas leis que, segundo o executivo, já são antigas e estão trazendo dificuldades à cobertura da telefonia móvel em cerca de 20 municípios gaúchos, inclusive na capital.
Atendimento ao cliente
Ele foi questionado ainda sobre falhas no serviço de atendimento ao cliente. Bordignon citou o caso - e apresentou comprovantes - do jornalista Paulo de Tarso Ricorddi, que procurou onze vezes, durante cinco meses, o call center da Vivo buscando um reembolso de R$ 100,00 a que tinha direito, até desistir da restituição. "Isso mostra a dificuldade que o consumidor tem de se ressarcir de eventuais cobranças indevidas e de ter o respeito aos seus direitos garantido", criticou o relator. Camolesi admitiu que uma das principais causas de queixas ao call center é a contestação de contas pelos clientes.
Disse, porém, que a Vivo tem o melhor Índice de Desempenho de Atendimento (IDA), medido pela Anatel, nos últimos quatro anos, entre as operadoras de alcance nacional. Ele também informou que a empresa tem um plano de melhorias para o Rio Grande do Sul, que inclui a instalação, ainda este ano, de mais 135 antenas ou sites já protocolados nas prefeituras (para Porto Alegre são 53) e mais 114 no o início de 2014, já com recursos empenhados, segundo informações assessoria do PT.
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