Depois de semanas de negociações e de apelos de parlamentares, a
mensagem da presidenta Dilma Rousseff ao Congresso solicitando a
retirada da urgência constitucional do novo Código da Mineração (PL
5.807/2013) foi publicada na edição desta segunda-feira (24) do Diário Oficial da União.
Para conseguir convencer o governo, o presidente da Câmara, Henrique
Eduardo Alves (PMDB-RN), que intermediou as negociações, garantiu que,
mesmo com a retirada da urgência, o projeto do código será votado no dia
15 de outubro na comissão especial, de onde seguirá para o plenário da
Casa. A retirada da urgência constitucional do Código de Mineração
facilita, mas ainda não libera a pauta de votações na Câmara dos
Deputados.
Para que o caminho fique aberto e sejam votadas medidas polêmicas,
como o projeto que regulamenta a terceirização nas relações trabalhistas
e o que trata da minirreforma eleitoral, os deputados precisam votar
três propostas que têm urgência constitucional: a anistia de dívidas das
santas casas de Misericórdia (PL 3.471/12); a criação da Agência
Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural – Anater (PL 5.740/13) e
a que cria funções comissionadas para o Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes - Dnit (PL 6.053/13).
No caso das mudanças nas regras eleitorais, os deputados têm pressa,
já que as regras só valerão para 2014 se estiverem sancionadas pela
presidenta Dilma Rousseff até o dia 5 de outubro.
Na lista que deve engrossar os obstáculos que travam a pauta do
plenário nos próximos dias está a Medida Provisória 619, que deve ser
votada esta semana na comissão especial. A MP autoriza a Companhia
Nacional de Abastecimento a contratar o Banco do Brasil para atuar na
gestão e na fiscalização de obras e serviços de engenharia destinados à
modernização, construção, ampliação ou reforma de armazéns destinados às
atividades de guarda e conservação de produtos agropecuários.
Apesar da fila de matérias que trancam a pauta da Câmara, os líderes
da base estão confiantes. É que, ao contrário do Código da Mineração,
que não é uma matéria consensual, essas propostas que impedem as demais
votações devem ser negociadas com as bancadas com mais facilidade nesta
semana. ABr
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