O ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Al Moualem, disse
hoje (30), em pronunciamento na Assembleia Geral das Nações Unidas
(ONU), que não há uma guerra civil na Síria, há uma guerra contra o
terror. De acordo com ele, a comunidade internacional tem de agir, em
relação ao país, segundo resoluções sobre terrorismo.
Na última sexta-feira (27), o Conselho de Segurança da ONU aprovou
resolução para a destruição das armas químicas do país. A crise na Síria
foi deflagrada nos últimos meses depois de comprovado o uso de armas
químicas, no contexto do conflito entre forças do governo do presidente
Bashar Al Assad e da oposição, liderada pelo Exército Livre Sírio.
"Não há guerra civil na Síria, mas é uma guerra contra o terror, que
não reconhece nenhum valor, nem justiça, nem igualdade, e ignora
quaisquer direitos ou leis", disse Walid Al Moualem. Ele pediu medidas
contra os países que financiam, treinam e dão refúgio a terroristas em
seus territórios.
Segundo o ministro sírio, os responsáveis pelo terrorismo são
ramificações da Al Qaeda, como a Jabhat Al Nusrah, do Estado Islâmico do
Iraque e da Brigada do Islã na Síria.
Moualem se comprometeu a cumprir as obrigações previstas na Convenção
para a Proibição de Armas Químicas à qual a Síria aderiu recentemente.
Ele insistiu para que a crise no país seja solucionada por meios
políticos e deu ênfase à Conferência de Paz de Genebra 2, prevista para
novembro.
Na sexta, o governo sírio se
manifestou sobre resolução e disse que o documento não faz justiça às
vítimas do conflito. Estima-se que, desde o início, em março de 2011, o
conflito tenha resultado em mais de 100 mil mortos, 2 milhões de
refugiados e 4 milhões de deslocados internos.
"Agora é para aqueles que dizem apoiar uma solução política na Síria
interrompam todas as práticas e as políticas hostis contra a Síria, e ir
sem condições prévias para Genebra", disse ele. Moualem sugeriu a
criação de uma zona livre de armas de destruição em massa no Oriente
Médio, como a Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul. ONU
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