A greve dos trabalhadores dos Correios não afetou a prestação de
serviços da estatal. Por meio de nota divulgada hoje (12), a empresa
informou que está operando normalmente, com 93,3% do efetivo
trabalhando, segundo o sistema eletrônico de presença. Isso corresponde a
cerca de 116 mil dos 123 mil trabalhadores dos Correios.
De acordo com a nota, toda a rede de atendimento está aberta e todos
os serviços, inclusive Sedex e Banco Postal, estão disponíveis, mas com
alguns problemas pontuais na entrega de encomendas com hora marcada e
no Disque Coleta – serviço de coleta domiciliar de encomendas. A empresa
informa, ainda, que algumas entregas, como telegramas, poderão ser
feitas com atraso.
Para manter a continuidade dos serviços de entrega de cartas e
encomendas, a estatal adotou medidas como deslocamento de funcionários,
pagamento de horas extras, contratação temporária de servidores e
mutirões para entregas nos fins de semana.
A Fentect, entidade que agrega 29 dos 35 sindicatos que representam
trabalhadores dos Correios, reivindica 7,13% de aumento, alegando
defasagem salarial causada pela inflação recente, mais 15% de aumento
real e R$ 200 de aumento linear para todos os 123 mil servidores. Além
disso, pede 20% de aumento pelas perdas salariais ocorridas desde o
Plano Real.
Os Correios alegam não ter condições
de atender às reivindicações da Federação Nacional dos Trabalhadores em
Empresa de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect). Segundo o
órgão, atender às demandas causaria impacto de R$ 31,4 bilhões sobre a
folha de pagamentoo, o equivalente a "quase o dobro da previsão de
receita” para este ano, “ou o equivalente a 50 folhas mensais de
pagamento da ECT” como um todo.
Ainda de acordo com a estatal, 65% das receitas de vendas são
destinados ao pagamento de salários, benefícios e encargos. Na nota,
informa que, entre 2003 e 2012, o ganho real dos trabalhadores foi
36,91%. O percentual estaria, segundo a empresa, “acima da inflação do
período”.
Além das reivindicações salariais, o diretor da Fentect, James
Magalhães, afirma que outro ponto que preocupa os trabalhadores é o
sucateamento do Correios Saúde, plano que atualmente é administrado pelo
setor de recursos humanos da empresa. “Desde 2009, eles vêm sucateando o
plano. Fecharam vários ambulatórios dentro dos Correios. Agora querem
repassá-lo à iniciativa privada, sob o nome de Postal Saúde,
prejudicando também esse direito dos trabalhadores”. ABr
- Blogger Comment
- Facebook Comment
Assinar:
Postar comentários
(
Atom
)
0 comentários:
Postar um comentário