Mercado de materiais de construção gaúcho não cresce em 2013

 
        Enquanto os fabricantes de materiais de construção do país projetam para 2013 uma taxa de crescimento da ordem de 4% em relação ao ano passado, no Rio Grande do Sul não haverá incremento real, avalia o presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Louças, Tintas e Ferragens de Porto Alegre, Leonardo Ely Schreiner.
        Segundo o dirigente, uma série de fatores será responsável por esse desempenho pouco satisfatório. Destaca que, em primeiro lugar, inclusive em âmbito nacional, o mercado da construção já não ostenta os mesmos níveis de atividade verificados anteriormente, tendendo a uma estabilização, num cenário em que o próprio crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deverá  ficar próximo dos 2% no corrente ano.
         No caso específico do Rio Grande do Sul, aponta Schreiner, o descompasso no abastecimento de areia devido à proibição de extração no rio Jacuí comprometeu seriamente a normalidade da oferta deste material em termos de disponibilidade e preços com reflexos igualmente sobre outros insumos dele derivados, como concreto, argamassa e pré-moldados, por exemplo.
                    O presidente do Sindicato também lembra que a demanda de materiais vem sendo afetada de forma negativa por deficiências dos órgãos oficiais gerando atraso na aprovação de projetos de novos empreendimentos imobiliários e pela descontinuidade na implementação de obras públicas relacionadas à área de mobilidade urbana tendo em vista a Copa de 2014.
          Além disso, a própria Prefeitura de Porto Alegre reprogramou cronogramas e adiou o início de determinadas obras anteriormente previstas em função de dificuldades orçamentárias.
          “O que está impedindo uma queda maior nas vendas é a injeção de recursos na economia oriundos da comercialização da safra de grãos 2012/2013, que registrou um dos maiores volumes de produção da história”, conclui. (Todt)

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