“Não podemos achar que as
oscilações terminaram. Pode ser que tenha se acalmado, mas nada garante
que amanhã não haja nova flutuação. Amanhã, um membro do Fed [ Federal
Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos] faz uma declaração infeliz e
sobe de novo [o valor do dólar]. Então, o Banco Central tem de estar
lá, atento, fazendo a política correta”, destacou Mantega, em entrevista
coletiva após participar de um fórum sobre a produtividade promovido
pela revista Exame.
“O Banco Central disse
que tem US$ 60 bilhões que pode colocar no mercado de dólar, e isso
ajudou a baixar o câmbio, que tinha chegado a R$ 2,45. É claro que, à
medida que o Fed deixa um pouco mais clara a sua política, que vai
demorar mais para se desfazer dos estímulos, a pressão sobre o dólar
cairá. Cabe ao BC ajustar esse programa. Mas ele continuará tendo essa
arma na mão”, disse ele.
Hoje, o boletim Focus do
Banco Central reduziu a previsão do valor da moeda americana que deverá
fechar o ano. De acordo com o levantamento, o dólar deverá chegar em
dezembro custando R$ 2,30. ABr
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