O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, ressaltou
hoje (7) aos diplomatas sul-americanos que a prosperidade “dificilmente” será
atingida de modo isolado e que o governo brasileiro “está decidido a trabalhar
junto” com os países vizinhos. O chanceler lembrou ainda que o mundo passa por
mudanças estruturais e que a América do Sul está mais unida.
“Depois de séculos em formato de arquipélago político, desintegrada e
debilitada, a América do Sul vive um momento de crescente integração”, disse
Figueiredo durante o 11º Curso para Diplomatas Sul-Americanos. “A América do Sul
assume identidade política, a partir do reconhecimento de sua singularidade como
um polo do sistema internacional em transformação.”
O curso para diplomatas sul-americanos reúne representantes de todos os
países da região até o dia 18 de outubro. Entre as atividades, eles visitarão a
Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade de Santa Marta, no Rio de
Janeiro, e instituições públicas brasileiras em várias áreas, como o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Os diplomatas estrangeiros intercalarão aulas e visitas em Brasília e no Rio
de Janeiro. Pelas normas da Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), vinculada ao
Ministério das Relações Exteriores, só podem fazer o curso aqueles que estão no
exercício da profissão. Por dez dias, os diplomatas terão oportunidade de
conversar com embaixadores brasileiros e autoridades.
Ao abrir o curso hoje o chanceler destacou que os sul-americanos estão “cada
vez mais conscientes” do papel que devem desempenhar no cenário internacional.
“O governo brasileiro está decidido a trabalhar junto com nossos vizinhos, seja
nos foros regionais, seja no plano multilateral ou bilateralmente”, completou.
“Cada vez mais, assumimos nossos desafios comuns e buscamos enfrentá-los com
soluções próprias e adaptadas a nossa realidade.”
Porém, o chanceler reiterou que a aproximação com os vizinhos não deve levar
ao afastamento de parceiros tradicionais. “Essa intensificação das relações
entre os países da América do Sul não implica necessariamente o afastamento com
relação aos nossos parceiros tradicionais. A integração regional é fruto do
reconhecimento de que nos mantivemos afastados por muito tempo e que esse
distanciamento é injustificável”, disse.
Figueiredo destacou que com a América do Sul unida em um projeto de
desenvolvimento compartilhado todos se beneficiam. “Temos consciência dos
desafios, das especificidades e da diversidade da região. Vejo isso como fonte
de riqueza e inspiração porque nossa determinação é a mesma: viver em uma região
pacífica, democrática, próspera e justa". ABr
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