Embora as decisões não estejam ainda fechadas, porque as convenções não foram
realizados, em boa parte dos Estados o PT já tem ideia da oferta que fará para
servir de polo de atração dos parceiros. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a
vaga de senador será ou do PTB ou do PC do B. “Temos de fortalecer nossos
parceiros, porque o PDT já lançou o comunicador Lasier Martins”, disse o
deputado Henrique Fontana (PT-RS).
O PT poderá ceder também a vaga de senador no Acre para o PC do B, que
decidiu manter o ministro Aldo Rebelo à frente do Ministério do Esporte, após
pedido da presidente Dilma Rousseff para que ele não concorresse ao governo de
São Paulo. Agora, os comunistas cobram a fatura. O senador Aníbal Diniz (PT) já
foi lançado à reeleição, mas o PC do B exige que os petistas apoiem a deputada
Perpétua Almeida para a vaga. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é
simpático a essa ideia.
No Ceará, o PT defende a candidatura do líder na Câmara, José Guimarães, para
a disputa ao Senado, mas o PC do B quer apoio à reeleição do senador Inácio
Arruda.
Na Bahia, o PT desistiu de lançar o ex-presidente da Petrobrás José Sergio
Gabrielli para o Senado. Vai apoiar Otto Alencar, do PSD, atual vice do
governador Jaques Wagner (PT).
No Espírito Santo o PT deverá sacrificar a senadora Ana Rita para apoiar a
eleição de Paulo Hartung, do PMDB. O próprio Lula participou das negociações
para que os petistas apoiem o ex-governador capixaba.
Na Paraíba, os petistas defendem a candidatura do ministro Aguinaldo Ribeiro
(Cidades), do PP, para o Senado. Seria uma forma de tentar tirar a força da
aliança que o PSDB está montando no Estado para promover a candidatura do tucano
Aécio Neves à Presidência.
Governadores. A mesma estratégia de ceder aos aliados será adotada em alguns
palanques estaduais. O PT não concorrerá mais ao governo do Pará, que já foi
administrado pela legenda. O partido vai apoiar Helder Barbalho (PMDB), filho do
senador Jader Barbalho.
O PT desistiu também de lançar o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, ao
governo de Goiás. Apoiará ou o ex-governador Iris Rezende ou o empresário José
Batista Jr., o Júnior da Friboi.
Em Santa Catarina, para enfrentar a força da dupla Eduardo Campos-Marina
Silva, do PSB, que se aliou à família do ex-senador Jorge Bornhausen, o PT
poderá apoiar a reeleição do velho adversário Raimundo Colombo, ex-PFL e DEM,
agora no PSD criado pelo ex-prefeito Gilberto Kassab.
No Paraná, o PT está pedindo socorro ao desafeto, o senador Roberto Requião
(PMDB), para que ele entre na disputa e aumente as chances de a ministra Gleisi
Hoffmann (Casa Civil) passar para o segundo turno. O PT teme que o tucano Beto
Richa se reeleja no primeiro turno. O partido quer lançar dez candidatos a governador no ano que vem, número
igual ao da eleição de 2010, que el egeu Dilma Rousseff presidente da República. AE
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