Na busca pelo apoio do maior número possível de partidos à reeleição da
presidente Dilma Rousseff, o PT decidiu abrir mão da meta de ultrapassar o PMDB
em número de senadores e vai investir mais fortemente na ampliação da bancada de
deputados. Os petistas podem abrir mão de candidaturas majoritárias ao Senado em
12 Estados e apoiar siglas aliadas para evitar que se coliguem com o PSB do
governador Eduardo Campos ou o PSDB do senador Aécio Neves.
A orientação é para que o partido ceda vagas aos parceiros na montagem das
chapas estaduais, reservando boa parte do Senado para PMDB, PTB, PP, PR, PDT e
PC do B. No ano que vem cada Estado elegerá apenas um senador.
Na eleição de 2010, por orientação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, o PT foi instado a dar mais atenção à disputa no Senado, Casa onde não
conseguiu formar maioria e que deu ao petista as maiores derrotas políticas.
“Não podemos deixar a Dilma na mão de senadores como eu fiquei”, afirmou Lula,
em comício realizado em Ribeirão Preto (SP), em setembro de 2010. Lula ainda
carregava a lembrança de derrotas emblemáticas: a instalação da CPI dos
Correios, que apurou o caso do mensalão, e a articulação de seus opositores para
derrubar, em 2007, a cobrança da CPMF (o imposto do cheque que financiava o
setor da saúde).
Hoje o PT tem 88 parlamentares, contra 76 do PMDB do vice-presidente da
República, Michel Temer. No Senado, a situação é inversa. O PMDB tem 21
senadores e o PT conta com 12.
No próximo pleito, pela projeção dos petistas, o partido deve lançar entre
dez e treze candidatos a senador. A lógica do PT é amarrar esses partidos na
aliança nacional, cedendo as vagas ao Senado, e garantindo para a presidente
Dilma Rousseff mais tempo de propaganda na TV. O PT também deve desistir de lançar candidatos ao governo em cinco Estados. AE
- Blogger Comment
- Facebook Comment
Assinar:
Postar comentários
(
Atom
)
0 comentários:
Postar um comentário