Limitações legais de publicidade e restrições de comercialização nas
áreas próximas aos eventos da Copa do Mundo, bem como relativas às
marcas do Mundial foram o tema do painel "Programa de Proteção às
Marcas", realizado nesta segunda-feira (25), na Escola Superior de
Propaganda e Marketing (ESPM), na Capital. O evento reuniu autoridades
dos governos Federal, estadual e municipal, Fifa, Comitê Organizador
Local (COL) da Copa, jornalistas, profissionais de comunicação em geral,
comerciantes e entidades de classe.
O consultor do Departamento
Jurídico da Fifa, Vicente Rosenfeld e o líder do Programa de Proteção
às Marcas, Auke-Jan Bossembrek, foram os palestrantes do encontro. "A
Copa do Mundo começa com espírito de construção e integração entre
entidades públicas e privadas, com o objetivo de realizarmos um grande
evento aqui no Rio Grande do Sul", disse o secretário de Esporte e Lazer
e coordenador do Comitê Gestor da Copa (CGCopa), Kalil Sehbe. "Esta é
uma oportunidade para desmitificarmos alguns pontos, como o boato de que
estabelecimentos comerciais seriam fechados", destacou o secretário
municipal da Copa, João Bosco Vaz
Responsável por 93% das
receitas da entidade maior do futebol, os direitos de TV e marketing -
sendo 87% do total das receitas derivadas da Copa - a FIFA destaca
atenção especial à proteção da marca e dos patrocinadores. Segundo os
representantes da entidade,"a maior parte das infrações ocorre por falta
de informação", daí a importância de encontros como o realizado na
Capital gaúcha. Para o Mundial no Brasil, a entidade investiu US$ 1,3
bilhão.
As marcas relativas ao megaevento foram registradas no
Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), o que garante os
direitos de Propriedade intelectual. Normativas, fiscalização - e
sanções - estão previstas na Lei Geral da Copa. Segundo a entidade, até o
momento, foram registrados 350 casos de infrações relativas à Copa 2014
e "todos foram resolvidos com diálogo", com exceção de uma importação
de produtos não-licenciados e que utilizavam ilegalmente as marcas da
Copa, situação em que a legislação brasileira exige um procedimento
judicial.
Entre os produtos piratas encontrados estão mascotes,
tablets e até um rádio em forma de troféu da Copa. Na Copa do Mundo da
África do Sul foram detectados 1950 casos durante o período do Mundial,
sendo 700 apenas no país. Até o momento, para a Copa no Brasil, as
infrações têm sido percebidas também em países vizinhos.
Outro
ponto abordado no encontro foi a Área de Restrição Comercial, que inclui
ruas localizadas aproximadamente no raio de dois quilômetros do Estádio
Beira-Rio. A definição exata dessa área deve ocorrer no começo do
próximo ano. Os anúncios e comercialização ocorridos normalmente serão
mantidos livremente o único regramento é a cobertura de placas externas e
banners de outros patrocinadores (e mesmo dos patrocinadores da Copa
sem autorização prévia) nos dias de jogo e na véspera.
As
normativas também impedem ações extras de publicidade da marca, mesmo
nos estabelecimentos já existentes na Área de Restrição Comercial, o que
inclui banners extras e distribuição de brindes promocionais.
O
Governo do Estado, em parceria com a prefeitura de Porto Alegre, já vem
fazendo um trabalho de conscientização junto aos comerciantes da cidade
sobre as regras. Quanto ao acesso dos moradores, uma rota específica
para quem utiliza as ruas próximas ao Beira-Rio está sendo montada, bem
como formas de não impedir a passagem dos moradores vizinhos ao estádio.
Dúvidas e informações sobre o Programa de Proteção às Marcas podem ser
encontradas no site www.fifa.com/protecaoasmarcas ou através do email mediabrazil@fifa.org.br.
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