Presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), João Augusto Nardes é palestrante na Federasul





VALÉRIA REIS



O ministro-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), João Augusto Nardes, informou hoje na Federasul que auditorias acontecem em todo o país, que foram divididas em quatro regiões. No próximo dia 21, num evento em Brasília, ele explica que será apresentado o relatório do trabalho desenvolvido pelo TCU neste ano relacionado à questão ambiental, avaliada nos estados, e também, na primeira auditoria de funcionários públicos federais do país. Ele mostrou números impactantes que classificou como absurdos. Segundo ele, foi constatado que apenas 7% das entidades possuem pessoal de governança, ou seja, se preocupam em adotar boas práticas, planos de carreira e têm controle de seus dados. Essa porcentagem representa mais de 300 instituições entre Ministérios, Petrobrás, Eletrobrás, etc. O Brasil precisa melhorar sua gestão pública, frisou.
Nardes informou ainda que o TCU tem feito atividades em parceria com os Tribunais de Contas dos Estados por todo o país. Sobre o papel das auditorias do Tribunal, observou que - antes de receber denúncia, trabalhar para que fraudes não ocorram. O trabalho está sendo focado através de auditorias, nos temas de maior importância para a sociedade, principalmente na fiscalização do ensino médio, a saúde, a segurança, e ainda a questão ambiental. O TCU passou por uma reforma e hoje conta com 22 secretarias para acompanhar de forma permanente os trabalhos desenvolvidos em todos os estados, disse o Presidente do TCU, acrescentando que são 1.700 auditores e esse potencial deve ser usado para ajudar estados e País. Ele acrescenta que o Brasil precisa melhorar sua gestão pública.

Nardes falou também da PEC do orçamento impositivo, aprovada ontem em primeiro turno no Senado, que obriga o governo federal a liberar verbas para despesas inseridas por deputados e senadores no Orçamento da União – em geral, as emendas parlamentares destinam-se a obras nos redutos eleitorais dos congressistas, explicou. O ministro observa que o grande problema deste orçamento é a falta de planejamento. - É grande a pressão dos congressistas para esta aprovação ocorre em função da centralização do poder no país -, diz. Comentou ainda que com a Copa do Mundo de 2014, Porto Alegre perdeu de investir R$ 400 milhões em mobilidade urbana, porque a demanda não foi aprovada por banco federal. Lembra que  alguns  estados  do centro do país tiveram aprovação.
Ele acrescenta que a China, em 21 anos, se transformou numa grande potência, enquanto nós continuamos remando, foi taxativo. Disse que a corrupção ainda existe no Brasil, porque o Estado não tem capacidade para gerar os recursos. Conforme analisa, falta um plano estratégico e um acompanhamento maior nos Estados. Informou que serão treinados 100 mil gestores públicos. Nardes que não há meritocracia e não escolhem por capacidade. Muitos passam em concursos, mas não são treinados. Ele informa que hoje são 22 mil cargos de confiança, nenhum destes são de carreira. Salienta que cada vez mais os estados estão ficando sem recursos, devido à má administração de seus investimentos.
Já em relação à questão ambiental, ele informa que será feito trabalho conjunto na Amazônia. A região inclui territórios de nove países, por isso, hoje, a atuação do TCU não alcança toda a área. - É preciso assegurar que as ações de combate ao desmatamento da Amazônia também aconteçam na Venezuela, Peru, Colômbia, Bolívia e em outros países limítrofes", explicou o presidente Augusto Nardes. - Sem um processo de gestão e governança, o Brasil jamais será um líder mundial, completou o presidente do TCU. (VALÉRIA REIS). Foto: Ivan Andrade  
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