O superávit primário do Governo Central (Banco Central, Tesouro
Nacional e Previdência Social) de 2013 chegou a cerca de R$ 75 bilhões,
anunciou hoje (3) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O superávit
primário é a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública.
A meta ajustada do Governo Central para 2013 era R$ 73 bilhões.
Tradicionalmente, o resultado primário é divulgado pelo Tesouro Nacional
no final de cada mês, mas, desta vez, o ministro adiantou o anúncio.
Originalmente, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) previa meta
de superávit primário de 3,1% do PIB para a União, estados e municípios
em 2013. Posteriormente, o governo lançou mão de mecanismos que
permitiam o abatimento de gastos do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) e de receitas que deixaram de entrar na conta por
causa de desonerações e revisou a meta para 2,3% do PIB, R$ 110,9
bilhões. No fim de novembro, o Congresso Nacional aprovou uma emenda à
LDO que desobriga a União de compensar o descumprimento da meta dos
governos estaduais e das prefeituras.
Em novembro do ano passado, o superávit primário do setor público bateu recorde, depois de um resultado fraco em outubro. Um dos fatores que contribuíram para o resultado primário do governo melhor em novembro foram os parcelamentos especiais
para bancos, seguradoras e multinacionais brasileiras que renegociaram
tributos em atraso e impulsionaram as receitas da União. O pagamento do
bônus de assinatura do leilão do Campo de Libra, na área do pré-sal,
também impulsionou o esforço fiscal. ABr
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