O governador do Estado, Tarso Genro, afirmou nesta tarde, após cerimonia
de posse da nova mesa diretora da Assembleia Legislativa, que a
orientação para a Brigada Militar sobre a greve dos ônibus seguirá a
mesma. Conforme Tarso, a orientação é evitar a violência e seguir as
decisões da desembargadora Ana Luiza Kruse, do Tribunal Regional do
Trabalho, que esta mediando a relação entre empresas de ônibus e
rodoviários. O governador ainda avaliou positivamente as ações que vêm
sendo tomadas pelo prefeito de Porto Alegre, afirmando que irá ajudar
José Fortunati no que for possível.
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRT4) negou o pedido da
Prefeitura de Porto Alegre que desejava ordem judicial obrigando que a
Brigada Militar retirasse os rodoviários grevistas de frente das
garagens das empresas de ônibus da Capital. A vice-presidente do TRT-RS,
desembargadora Ana Luiza Kruse afirmou, em sua decisão, que as forças
policiais devem ser solicitadas diretamente pelas partes interessadas,
caso considerem necessário.
Na decisão, a desembargadora ainda aumentou para R$100 mil o valor da
multa diária ao Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre em caso de
desrespeito aos acordos firmados entre grevistas, empresas de ônibus e
Prefeitura. O último acordo, assinado ontem, prevê circulação de 50% da
frota de transporte público, o que foi ignorado nesta manhã pelos
rodoviários.
Na mesma decisã, a desembargadora decidiu bloquear R$ 150 mil em contas
bancárias do Sindicato dos Rodoviários. A magistrada também afirmou que
aguarda o resultado da assembleia categoria marcada para a tarde de
hoje.
Segundo o prefeito José Fortunati, a solicitação à Justiça se deu porque
os pedidos feitos diretamente à BM não surtiram efeito. Por este
motivo, Fortunati afirmou ainda que já tem pronto um pedido ao
Ministério da Justiça para o envio de tropas da Força Nacional de
Segurança para auxiliar na liberação das garagens.
Em caso de não haver haver acordo para o fim da greve entre empresas de
ônibus e rodoviários, o prefeito da Capital cogita acionar as mais de
600 vans escolares da Capital para transportar os passageiros de Porto
Alegre. O diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, afirmou que,
neste caso, as vans cobrariam o mesmo valor dos táxis-lotação que é de
R$ 4,20.
Após a manifestação do prefeito, o Governo do Estado emitiu nota
descartando realizar o pedido de auxílio à Força Nacional e garantindo
não ter recebido pedido da prefeituda da Capial para intervir no
conflito entre rodoviários e empresas de ônibus. Na nota, o Executivo
estadual defende ainda que a "Brigada Militar está cumprindo
rigorosamente as suas funções constitucionais, acompanhando uma situação
que é tipicamente de dissídio coletivo dos rodoviários, que vem sendo
mediado pelo TRT da 4ª. Região de maneira adequada", segundo informações da Rádio Guaíba.
- Blogger Comment
- Facebook Comment
Assinar:
Postar comentários
(
Atom
)
0 comentários:
Postar um comentário