O secretário-geral da Presidência da República, ministro Gilberto
Carvalho, admitiu hoje (26) que o governo federal financiou uma feira de
produtos agroecológicos promovida pelo Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (MST).
“É próprio de um governo democrático financiar iniciativas que
convirjam para o bem da sociedade", disse Gilberto Carvalho, ao comentar
reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, segundo a qual o governo financiou evento do MST, que terminou em violência na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
O ministro participou, na manhã de hoje da abertura de um encontro,
no Itamaraty, em que serão discutidos temas de política externa. O
evento vai até 2 de abril. Mais cedo, ao participar, no Ministério do
Planejamento, de um seminário sobre a elaboração de planos plurianuais
com a participação social, Carvalho disse que o Itamaraty era uma das
"caixas-pretas" que, gradualmente, vêm-se abrindo, com a maior
participação social da população.
Segundo o ministro, o Brasil avançou de maneira decisiva, mas não na
velocidade com que se sonhava, no processo de democratização do Estado.
Carvalho destacou que hoje há mais participação social de segmentos
que, antes, não tinham voz ativa na elaboração de políticas públicas e
de planos estratégicos.
"É isso que estamos cumprindo. E vamos fazer uma discussão com a
sociedade sobre a questão da política externa do país. A população tem,
sim, que participar. Nossos companheiros do Ministério das Relações
Exteriores entenderam isso e começam a abrir aquilo que era uma
caixa-preta", disse o ministro.
No mesmo evento, Carvalho falou sobre uma carta enviada pelas Nações
Unidas (ONU) ao Brasil em meados do ano passado, em que o organismo
expressou preocupação com o uso excessivo da força policial como
resposta às manifestações populares que ocorreram no país. Para o
ministro, protestos são democráticos, bem-vindos, e não serão empecilho
à realização da Copa do Mundo.
"Precisamos dizer ao mundo que o Brasil é um país essencialmente
democrático. O mundo vai ter que entender que o Brasil tem uma forma
muito própria de tratar as manifestações", disse ele. ABr
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