Fortunati discute modernização da gestão em encontro do g100

 O prefeito e presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), José Fortunati, participa nesta quarta-feira, 26, do encontro dos prefeitos do g100 – grupo que reúne as cem cidades brasileiras com mais de 80 mil habitantes e menor receita corrente por pessoa. O evento, que se iniciou nesta manhã, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no Rio de Janeiro, contou com a presença da ministra do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, Tereza Campelo, do subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Olavo Noleto, e de mais de 80 prefeitos de cidades que integram o g100.

A principal pauta da reunião será o detalhamento das novas regras para adesão ao Programa de Modernização da Administração Tributária e da Gestão dos Setores Sociais Básicos (Pmat). Em seu pronunciamento, Fortunati destacou a importância do encontro: "Precisamos ampliar esse debate do g100 com o respeito e a responsabilidade que o tema exige, para tratar de forma justa e qualificada as necessidades da população dessas cidades". 

Anuário - O encontro iniciou com o lançamento da terceira edição do anuário do g100, um levantamento elaborado pela FNP, em parceria com a Aequus Consultoria. A publicação aponta, entre outros comparativos, que, com a manutenção do crescimento atual das cidades do g100, levaria mais de um século para conseguir igualar a receita per capita à média dos demais municípios brasileiros com o mesmo porte populacional.

O anuário apresenta um panorama detalhado dos principais itens que compõem a receita e as despesas municipais do g100. A construção das informações tem como base os dados mais atuais disponibilizados pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), e por outra fontes oficiais, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep);  e Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope).

Logo após, a pauta do encontro foi o programa Brasil Sem Miséria lançado pelo governo federal em 2 de junho de 2011, por meio do Decreto n° 7492, o Plano Brasil Sem Miséria tem o objetivo de superar a extrema pobreza através da garantia de renda, acesso a serviços públicos, melhora nas condições de educação, saúde e cidadania, e também aumentar as capacidades e as oportunidades de trabalho e geração de renda entra as famílias mais pobres do campo e das cidades.

O Plano é coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e envolve em sua gestão 22 ministérios, e conta com a parceria de estados, municípios, bancos públicos, setor privado e terceiro setor. Até agora, 22 milhões de brasileiros já saíram da linha da extrema pobreza.

Inclusão produtiva - O encontro pela manhã foi finalizado com a agenda que tratou de parcerias da FNP voltadas para o desenvolvimento de projetos de apoio à inclusão produtiva. Além do fortalecimento do g100 com o suporte da Comunidade Europeia, e também da estrutura administrativa nos municípios do g100 para o desenvolvimento das micro e pequenas empresas (Sebrae Nacional). 

Sobre o g100 - Um grupo, criado em 2009 pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), que reúne as 100 cidades com mais de 80 mil habitantes, os mais baixos níveis de receita pública per capita do país e alta vulnerabilidade socioeconômica. Nesses municípios vivem aproximadamente 21,7 milhões de brasileiros (11,2% da população do país). Macapá (AP) e Salvador (BA) destacam-se por serem as duas únicas capitais a integrarem o grupo.

O g100 reivindica à União e estados um tratamento diferenciado e favorecido na formulação e execução das políticas públicas. Na avaliação da entidade, está é a única maneira de atender as carências e distorções desse conjunto de municípios que, além de serem populosos, apresentam elevado déficit em área de saneamento, educação, saúde, habitação, segurança pública, emprego e renda, recursos escassos para investir em infraestrutura e na qualificação dos serviços públicos. Esses municípios têm baixa arrecadação e grande dificuldade para atrair investimentos. Quando comparado às demais cidades do mesmo porte, o g100 apresenta todos os indicadores substancialmente inferiores.

Atualmente a União Europeia coopera com o g100 através do Projeto de Fortalecimento Institucional dos 100 Municípios Populosos com Alta Vulnerabilidade Social e Menor Arrecadação Pública nas Ações Públicas de Combate à Pobreza Extrema.

 
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