
O chanceler chileno disse que o passado não pode ser esquecido e elogiou o trabalho da CNV e as reflexões que leu ao chegar ao Brasil, em função dos 50 anos do golpe de 1964, completados no início da semana. Segundo ele, o governo chileno investigará tudo que seja possível para que a CNV realize bem o seu trabalho.
“Houve muitos brasileiros exilados que, após o golpe de 1973, no Chile, ficaram presos no Estádio Nacional, e houve torturadores brasileiros que foram enviados pela ditadura brasileira à ditadura chilena para pegar aqueles brasileiros que tinham encontrado refúgio no Chile”, disse Muñoz. Ele acrescentou que a Operação Condor também fez a coordenação dos “aparatos repressivos” das ditaduras na região.
A ditadura chilena durou de 11 de setembro de 1973, quando as Forças Armadas depuseram o governo do presidente Salvador Allende, até 11 de março de 1990, quando o ditador Augusto Pinochet entregou o poder. Segundo Figueiredo Machado, o Brasil já tem acordos assinados para a troca de informações sobre presos políticos com Argentina e Uruguai.
Esta é a primeira visita bilateral do chanceler chileno ao exterior, desde a posse da presidenta Michelle Bachelet, no dia 11 de março. O Brasil é o principal destino de investimentos chilenos no mundo, tendo registrado, em 2013, um estoque de US$ 21,8 bilhões. O comércio bilateral alcançou US$ 8,8 bilhões no ano passado, o terceiro maior resultado do Brasil com países da América Latina, com crescimento de 65,3% entre 2009 e 2013. ABr
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