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O modelo de Parceria Público-Privada (PPP) é uma alternativa promissora de política pública que tem avançado no Brasil. Segundo o sócio da KPMG/SP Auditores Independentes, Charles Schramm, o volume de projetos contratados acumula, desde 2006, R$ 34 bilhões, oriundos tanto da esfera municipal quanto estadual envolvendo diversos setores, especialmente rodovias.
Schramm, que foi o palestrante do Tá na Mesa desta quarta-feira (02/04), na Federasul, defende que “as parcerias têm avançado significativamente, ainda que tenhamos o desejo e a necessidade de que este progresso devesse ser mais rápido. Mas ainda há bastante desconhecimento sobre como funcionam as iniciativas do gênero no Brasil”, alertou.
Modelo de apoio de desenvolvimento defendido pela Federasul, as PPP´s possibilitam inúmeros benefícios às partes envolvidas - empresas e governos - sendo a sociedade a que mais ganha com esse tipo de gestão. Conforme Schramm é ainda mais positivo quando há a migração de ações de infraestrutura para a área social, dando atenção à saúde, educação, saneamento e iluminação pública, que tem uma enorme carência. Ele lembra que há bons exemplos a serem seguidos em São Paulo e na Bahia.
“Os recursos públicos são escassos, e a alternativa das PPP’s tende a acelerar os investimentos necessários para beneficiar a população”, afirmou. Apesar de integrar as 10 maiores economias emergentes do planeta, o Brasil está no final da fila em termos de infraestrutura em todos os quesitos acompanhados em estudos do Banco Mundial, classificando-se em 114º lugar no ranking de 144 países estudados. A exceção fica com a energia, cuja posição brasileira está acima da média, mas que tende a cair em função do crescimento acelerado da demanda. Para o palestrante, a burocracia excessiva ainda é a barreira maior, mas entende que há uma legislação brasileira adequada e que qualquer iniciativa é melhor do que não fazer nada. Foto: Ivan Andrade
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