O líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP), criticou nesta quinta-feira a postura "carregada de ódio" do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa. No dia em que Barbosa anunciou a aposentadoria, Vicentinho disse que "tem gente no mundo jurídico" festejando a saída do ministro da Corte. "A postura dele não foi de quem é de fato um estadista no Poder Judiciário", considerou.
Com críticas a Barbosa na condução do processo do mensalão e à proibição dos condenados ao trabalho fora do presídio, o líder do PT na Câmara disse que o presidente do STF mostrou uma postura que "não cabe a um juiz". Vicentinho condenou também o trâmite da ação do mensalão mineiro, que envolve políticos do PSDB, e o julgamento do processo do PT em ano eleitoral. "Se esta saída dele for com o objetivo de sair candidato a alguma coisa, desmorona toda uma tese de que ele não teve influência política no julgamento da Ação Penal 470. Se isso se confirmar, mostra que todo o procedimento, carregado de ódio, politizado, era aquilo que desconfiávamos", declarou.
O líder do PT lembrou que, no dia seguinte à vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2001, foi à casa do petista em São Bernardo do Campos, em São Paulo, e sugeriu que ele indicasse um negro para o STF. "Sugeri que o Lula indicasse um negro ou uma negra. Agora, minha responsabilidade vai até aí porque não indiquei Joaquim Barbosa", afirmou. De acordo com Vicentinho, a indicação de um negro para a Corte "não foi em vão, mesmo sendo o Joaquim".
O líder disse considerar Barbosa um magistrado competente, mas questionou a "intolerância e ódio generalizado". "Ele não aproveitou esse momento para mostrar que nós (negros) somos capazes", concluiu. Na avaliação de Vicentinho, nos últimos tempos, o presidente do Supremo ficou "completamente isolado" no STF. Se for consultado pela presidente Dilma Rousseff sobre possíveis indicações para a vaga de Barbosa, Vicentinho disse que tem nomes a apresentar. O líder não quis adiantar quem seriam os indicados. AE
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