Ação beneficente para recuperação de patrimônio histórico em Pelotas

A Associação Victorino Fabião Vieira (AVFV), entidade beneficente que cumpre relevante papel na defesa do patrimônio histórico gaúcho, está lutando pela restauração do Castelo Simões Lopes, em Pelotas (RS). Para tanto, com o objetivo de comemorar o 3º Aniversário da Associação, será promovido um Jantar Dançante, no Clube AABB, de Porto Alegre, intitulado “Uma Noite pelo Castelo”, no próximo 29/08, às 20h30, em evento totalmente beneficente. Toda renda será revertida a projetos de conservação e limpeza do Castelo Simões Lopes. A noite estará embalada pelos melhores ritmos das décadas 70/80/90. A Associação Atlética do Banco do Brasil está localizada na Avenida Coronel Marcos, 1000. Pré-reserva de convites pelo e-mail festaavfv@gmail.com  ou pelo telefone (51)3261-6597
A advogada da União, Patrícia Trunfo, que trabalha como voluntária neste projeto, destacou a importância do Patrimônio Histórico-Arquitetônico de Pelotas para a história do RS.
Associação
A AVFV resulta da decisão de um grupo de profissionais liberais pelotenses e residentes em Porto Alegre de criarem uma associação para agir em prol da preservação do patrimônio cultural de Pelotas captando recursos com a iniciativa privada.
O castelo de hoje pouco lembra o construído para ser a casa de Augusto Simões Lopes, o filho mais novo do Visconde da Graça, importante charqueador pelotense e tio do escritor João Simões Lopes Neto. A edificação foi erguida em 1920, onde importantes decisões políticas foram tomadas em reuniões de autoridades, como Washington Luís e Getúlio Vargas. Atualmente, está sem cobertura, com as esquadrias e piso danificados e paredes quebradas. Mais parece um prédio abandonado em Pelotas. Devido a esta precariedade do local por falta de manutenção, a Associação, com a ajuda de vários voluntários, estão promovendo esta festa beneficente.
Desde julho de 2009 o prédio está interditado. Mesmo assim, devido a sua importância histórica, a edificação foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio Grande do Sul (Iphae) como patrimônio estadual, em julho do ano passado. E, hoje, a degradação só não está pior porque o município mantém no local a Guarda Municipal por 24 horas por dia. Isso porque, no tempo em que a edificação esteve abandonada, serviu de ponto de encontro de vândalos e usuários de drogas, resultando nas mais diversas avarias no espaço. Todas as aberturas do porão foram destruídas para viabilizar acesso a casa.
Castelo Simões Lopes
A casa foi erguida de 1920 a 1922 pelo então juiz federal e promotor público Augusto Simões Lopes. O prédio, que deveria lembrar um “chalé suíço”, foi projetado por um arquiteto alemão – Fernando Rullman – e construído com “terra romana”, nome dado ao cimento que vinha em barricas da Europa naquele tempo. Com toda essa mistura de nacionalidades, e as pinceladas pessoais do proprietário, surgiu um castelo de tons medievais.
Com direito a torres e ameias (aberturas no parapeito das muralhas), o prédio levantou-se imponente e esplendoroso na antiga Estância da Graça, que depois virou bairro e ganhou o nome do patriarca da família: (João) Simões Lopes.
O castelo, endereçado na Avenida Brasil, tem mais de 30 peças: todas amplas e algumas com oito metros de pé direito. Também há um imenso porão, uma varanda espaçosa e, mais afastado, existia um pavilhão que já foi um belo orquidário. Tão logo a obra foi concluída, o lugar se tornou a principal tribuna política da região Sul.
Em 1991, o Castelo Simões Lopes foi adquirido pela prefeitura e passou a abrigar o Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Contudo, o imóvel acabou sendo interditado, em 2009 e, desde então, tem sido alvo de depredações e da ação do tempo.
Jantar Dançante
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