Em tempos de escassez de água potável, o projeto Guaíba2, da Celulose Riograndense, dá exemplo de consciência sócio-ambiental ao investir pesadamente na reciclagem de efluentes industriais para produção de água para seu próprio consumo. A Estação de Tratamento de Água da nova planta de Guaíba impressiona pelos números: serão 5.835 m3 de efluentes tratados por hora, ou seja, durante um dia inteiro, serão 140.040 m3 de esgoto tratado. Os dados revelam a grandiosidade do projeto: considerando um consumo médio de 200 litros/dia por habitante, o sistema do Projeto Guaíba2 seria capaz de abastecer, com água potável, cerca de 700 mil pessoas, quase que a totalidade das populações dos municípios de Novo Hamburgo e Caxias somadas.
Se considerarmos, ainda, o sistema de tratamento de água que já está em funcionamento na planta atual da Celulose Riograndense, somado à nova linha de tratamento, o reuso da água seria suficiente para atender a mais 988 mil habitantes.
Comparado ao Projeto Aquapolo, criado pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), que produz água de reuso para fins industriais e destinada ao Polo Petroquímico do ABC Paulista, o Projeto Guaíba2 é mais ambicioso. Confira os quadros:
Santos SP
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86.400
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m³/dia
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86.400.000
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litros/dia
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432.000
|
habitantes
| |
=
|
200
|
litros x habitantes / dia
|
CMPC CRG Guaíba 2
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5.835
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m³/h (capacidade ETA Guaíba 2)
| |
x
|
24
|
horas
|
=
|
140.040
|
m³/dia
|
=
|
140.040.000
|
litros/dia
|
/
|
200
|
litros / habitantes x dia
|
=
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700.200
|
habitantes
|
CMPC CRG Guaíba 1 + Guaíba 2
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8.235
|
m³/h (capacidade ETA Guaíba 2)
| |
x
|
24
|
horas
|
=
|
197.640
|
m³/dia
|
=
|
197.640.000
|
litros/dia
|
/
|
200
|
litros / habitantes x dia
|
=
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988.200
|
habitantes
|
Foto: A imagem mostra as duas estações de tratamento de efluentes: a atual, à direita, e a nova (ainda em construção) são aqueles tanques redondos, vazios, à esquerda, no prédio branco e em frente dos silos (de telhado verde).
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