Janot diz que corrupção investigada pela Lava Jato é descomunal

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot,  classificou o esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato como “enorme e descomunal”. A fala foi proferida durante debate entre os candidatos que concorrem à lista tríplice para o cargo. 

Segundo Janot, as mudanças internas promovidas por ele na Procuradoria-Geral da República ajudaram no trabalho de investigação da Lava Jato. As mudanças estruturais realizadas nos permitiram enfrentar a questão com profissionalismo e maturidade”, disse. Ele também defendeu que Ministério Público (MP) tenha mais independência de investigação em relação à Polícia Federal. O procurador defende um modelo no qual as atividades de investigação possam ser feitas com “profissionalismo e objetividade”.

Em maio, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o Ministério Público tem legitimidade para investigar por conta própria, desde que os procedimentos sejam autorizados por um juiz e que as garantias individuais sejam respeitadas.

“Nós temos uma atuação preponderante na área federal, na atuação em crimes financeiros e de combate à corrupção, e nós temos que trabalhar para que possamos obter maior independência investigatória no que se refere à colaboração da Polícia Federal”, defendeu.

O mandato de Janot termina em 17 de setembro, mas ele pode ser reconduzido pela presidente Dilma Rousseff por mais dois anos. Os outros dois candidatos à lista tríplice são os procuradores Raquel Dodge e Mauro Bonsaglia.

A eleição interna entre 1,2 mil membros do Ministério Público Federal tem de ser feita para a formação da lista. A apresentação da lista não é obrigatória, mas é feita pela associação dos procuradores desde 2001. A entidade entende que esta é a maneira mais democrática para indicar seu representante.

A presidenta não é obrigada a nomear o candidato mais votado. Porém, o critério é observado desde o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para tomar posse, o procurador precisa ter o nome aprovado pela Comissão de Constituição de Justiça e pelo plenário do Senado. ABr
Share on Google Plus

About Jornalista Valéria Reis

    Blogger Comment
    Facebook Comment

0 comentários:

Postar um comentário