Consumo de máquinas e equipamentos cresceu 9,5% em outubro

 O consumo aparente de bens de capital mecânicos no País foi de R$ 10,9 bilhões em outubro último, num crescimento de 9,5% em relação a setembro, mas acumulando queda no ano de 5,7% apesar da desvalorização superior a 47,3% da moeda nacional em relação ao dólar (janeiro-outubro de 2015), o que infla o valor em reais dos bens de capital importados.
          Desconsiderando o efeito cambial, ou seja, com câmbio igual ao mesmo período de 2014, o resultado apurado para o consumo aparente é ainda mais preocupante e mostra queda de 19,9% de janeiro a outubro de 2015 na comparação com o mesmo período de 2014.
          O resultado foi apresentado hoje (25) pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), Carlos Pastoriza, em entrevista coletiva à imprensa concedida na sede da entidade, em São Paulo, retransmitida online para suas sedes regionais.
          Igualmente, apesar do efeito cambial, que eleva o valor das exportações, o mercado interno retraído (-13,6%), levou a receita líquida total do setor a uma queda de 9,1% no ano. Sem a valorização do dólar, a receita líquida total teria queda de 16,6%.
          Segundo a entidade, a tendência observada nos últimos meses no mercado interno, combinada com exportações muito aquém do esperado, indicam para 2015 a terceira queda consecutiva da receita líquida de vendas da indústria de bens de capital mecânicos (-5% em 2013 e -12% em 2014).
          Destaca ainda a ABIMAQ que a incerteza política, combinada com a política econômica recessiva com o custo do capital incompatível com o retorno dos investimentos tem inviabilizado qualquer decisão de investimento no País.
         Enfatiza ainda o dirigente que os dados do mês de outubro último ratificam este cenário de contração dos investimentos e apontam para mais um ano de forte queda, com taxas superiores às observadas em 2014. (Todt)
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