Gravação embasou a prisão do senador Delcídio do Amaral

Uma gravação com 1 hora e 35 minutos revela como o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), ofereceu R$ 50 mil mensais ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para que ele não fechasse acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.
No diálogo ocorrido no dia 4 de novembro em um quarto do hotel Royal Tulip, em Brasília, o petista também propôs ao filho de Cerveró, Bernardo Cerveró, que, se o ex-diretor realmente optasse por um acordo com os procuradores da República, ele não o citasse. Ouça acima trecho com os 10 primeiros minutos do áudio(em breve, o Blog disponibilizará a íntegra da gravação).
A gravação embasou a prisão de Delcídio hoje, pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. O parlamentar petista é acusado pela PGR de estar atrapalhando as investigações.
A gravação foi feita em um celular de Bernardo. Além de Delcídio e do filho de Cerveró, também participaram do encontro o banqueiro André Esteves  dono do Banco BTG Pactual, que foi preso pela PF nesta quarta no Rio  e o advogado Edson Ribeiro, que era responsável pela defesa de Cerveró na Lava Jato. Leia trechos do diálogo.
No dia 19, a Procuradoria Geral da República recebeu o áudio com a íntegra da conversa por meio de uma advogada de Bernardo, que atuou no acordo com o Ministério Público.
No dia seguinte, Cerveró e o filho prestaram depoimento, separadamente, aos procuradores da República, segundo apurou o Blog. Os depoimentos ajudaram na conclusão do pedido de prisão do senador do PT, do banqueiro, do advogado Edson Ribeiro e do chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira.
Edson Ribeiro é acusado de participação no crime de obstrução de Justiça apontado pelo MPF, juntamente com Delcídio e Esteves. Ribeiro estava à frente da defesa de Cerveró, mas foi acusado por investigadores de fazer um "jogo duplo" no caso. O advogado está foragido.
O ex-diretor da área internacional da Petrobras fechou acordo de delação premiada em 18 de novembro. O acordo precisa ser homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). (G1)
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