O deputado federal Marco Maia (PT/RS) gravou um vídeo e divulgou em uma rede social na internet com a sua posição em relação ao cumprimento de mandados de busca e apreensão solicitado pelo Ministério Público Federal e autorizado pela Justiça. O ex-presidente da Câmara afirmou que foi citado nas delações como vingança pelo trabalho desenvolvido na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras em 2014.
“O delator (Julio Carmargo) mentiu descaradamente (no acordo com a Justiça). Por exemplo, disse que esteve comigo em uma casa no Lago Sul de propriedade de uma irmã minha, o que é um absurdo. Primeiro, porque não tenho propriedades na região e, segundo, porque não tenho irmã. Sou filho de um guarda-noturno com uma dona de casa e possuo dois irmãos. Logo, não poderia ter me reunido com esse delator, que foi indiciado por mim na CPMI de 2014. Ele teve esse comportamento por vingança. Nunca tive contato com esse cidadão chamado Júlio Camargo. Não sei quem é. E quero afirmar com toda a responsabilidade, não tenho nenhum operador. Ninguém trata sobre as minhas campanhas eleitorais. Ninguém tem autorização”, declarou Maia.
O ex-presidente da Câmara dos Deputados revelou ainda que foi procurado pelo ex-senador Delcídio do Amaral para “aliviar” a situação de um velho parceiro, Nestor Cerveró. “Esse é um grande mentiroso. Uma pessoa sem caráter e que trouxe o meu nome motivado por mágoas, já que a CPMI foi a primeira a produzir o indiciamento do seu protegido, Nestor Cerveró. Até ali, o nome dele não havia sido tratado como investigado, nem pelo Ministério Público, mas pela investigação que a CPMI produziu, pedimos o seu indiciamento. Recebi ligações do Delcídio do Amaral pedindo para proteger o investigado, mas, na época, disse que era impossível, pois todos que deveriam, seriam indiciados”, afirmou Marco Maia.
O deputado federal também se mostrou indignado com a forma como foram autorizados e conduzidos os mandados de busca e apreensão. Maia afirmou que ainda não foi chamado para depor e que nunca se negou a dar explicações para a Justiça. “Não podemos permitir que este tipo de procedimento continue acontecendo no país. Onde se fazem ações pirotécnicas que não estão previstas no processo legal. (…) Uma ação como essa, atinge de forma violenta o fruto do nosso trabalho, como as nossas ações, a relação que temos com a população e as demandas que nos são passadas e que exigem um trabalho diuturno e cotidiano, para isso, a imagem é fundamental. Por isso, queria expressar a minha indignação, já que nunca tentei impedir qualquer tipo de ação”, revelou Maia. (Correio do Povo) Foto: Correio do Povo
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