O vereador de São Paulo Eduardo Suplicy (PT) afirmou nesta quarta-feira, que esteve com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Hospital Sírio-Libanês e que o petista disse que o quadro de saúde de sua mulher, Marisa Letícia, é delicado e demanda atenção. "A situação da Marisa é delicada e vai ser necessário um cuidado muito grande para que ela venha ter o pronto restabelecimento", disse o vereador, que também conversou com dois médicos do hospital paulistano sobre o quadro clínico da ex-primeira dama.
Suplicy conversou durante 40 minutos com Lula, que, segundo ele, estava emocionado e com os olhos marejados. O vereador ainda disse que Marisa deve ficar em coma induzido na UTI por "diversos dias". "Lula está preocupado e disse que precisamos torcer e, principalmente, rezar, porque, quando se tem um quadro desse no cérebro, a pessoa pode ficar muito tempo sem viver normalmente. Mas Lula está esperançoso", disse com preocupação Suplicy.
"A Marisa se constituiu nesses 44 anos em um apoio fundamental ao Lula nas situações mais diversas. Nos momentos de dificuldade quando ele era presidente e depois com os problemas que aconteceram com ele próprio e ao PT. Ela é um apoio extraordinário ao presidente Lula. Eu sou testemunha disso", completou Suplicy.
A assessoria do Instituto Lula afirmou que o presidente deixou o local e que ele e o resto da família vão se revezar como acompanhantes no hospital, uma vez que só uma pessoa pode ficar com Marisa.
Na manhã desta quarta-feira, a assessoria de imprensa do Sírio-Libanês informou que a ex-primeira dama foi submetida no início do dia a uma nova avaliação tomográfica de crânio para controle de sangramento cerebral. Após a análise das equipes médicas, também foi realizada a passagem de um cateter ventricular para monitoração da pressão intracraniana. Não há previsão de novo boletim médico, segundo a assessoria do hospital.
Na noite desta terça-feira, o cardiologista Roberto Kalil Filho, médico da família de Lula, afirmou que a ex-primeira dama tinha o aneurisma há cerca de dez anos, mas que, na época, não havia indicação cirúrgica, mas apenas de acompanhamento clínico. Kalil também disse à imprensa, que Marisa é hipertensa, e que pode ter sido essa a causa do rompimento do aneurisma.
Marisa teve um AVC hemorrágico na tarde dessa terça-feira e passou por um procedimento cirúrgico para estancar o sangramento à noite, que, segundo o hospital foi bem-sucedido. No fim da manhã, uma pequena manifestação se formou em frente à entrada do Hospital Sírio-Libanês, na zona sul de São Paulo. Quatro pessoas carregavam cartazes em que se liam as inscrições "SUS", "E os médicos cubanos?" e "Sou + Moro". (Estadão) Foto: Ronaldo Schemidt / AFP / CP Memória
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