Ministro seguiu para Portugal como integrante da comitiva do presidente da República, apesar de cassação da chapa Dilma-Temer, que será julgada por ele, estar em curso
A ida de Gilmar Mendes a Lisboa na comitiva do presidente Michel Temer, para o velório do ex-presidente português Mário Soares, que ocorreu nesta terça-feira (10), causou polêmica não apenas devido à sua ausência aos eventos da agenda oficial, mas também porque ele é o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e deve julgar, neste ano, a cassação da chapa Dilma-Temer, acusada de abuso de poder político e econômico para conquistar a reeleição em 2014.
No entanto, Gilmar Mendes falou com o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, e disse não ver conflito de interesse em fazer parte da comitiva do governo.
"O que é julgado é julgado publicamente. (A viagem na comitiva)Não tem nenhuma influência (no julgamento). No TSE, estamos conversando com todo mundo, organizando seminários, discutindo reforma política, conversando sobre reformas institucionais para o Brasil", disse o ministro.
Sobre o não comparecimento ao funeral, Gilmar justificou dizendo que teve uma crise de labirintite.
"Eu cheguei muito cedo (a Lisboa), tinha de estar lá (no local da cerimônia) às 7h30, e aí nesse frio e tal, eu não consegui chegar (devido à labirintite)", afirmou Gilmar Mendes.
Ele ainda afirmou que foi convidado a integrar a comitiva pelo próprio Temer, na condição de presidente do TSE. "Tenho relações de companheirismo e diálogo com o Michel há mais de 30 anos, como tenho com muitas outras pessoas, de todas as colorações políticas. São relações institucionais", afirmou Gilmar. (Agestado/NM) Foto: AE
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