As audiências sobre o sítio de Atibaia foram retomadas nesta segunda-feira (7), com depoimentos de testemunhas de defesa. As oitivas são presenciais, em Curitiba (PR), e por meio de videoconferência, em São Paulo.
Uma das pessoas ouvidas foi o ex-presidente do Instituto Lula, Paulo Tarciso Okamotto. Ao juiz Sérgio Moro, ele contou que frequentou festas no sítio, a convite do empresário Fernando Bittar, sócio de um dos filhos de Lula, e também de dona Marisa. As informações são do portal G1.
"Também fui a várias festas, convidado por ele [Bittar], convidado por dona Marisa, festa junina. Também fui outras vezes quando o presidente Lula estava chegando, eu precisava falar com o presidente, ele estava dizendo que estava indo pro sítio, eu acabava me encontrando lá", lembra.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é réu no processo, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Na denúncia, o Ministério Público Federal (MPF) acusa o pestista de estruturar, orientar e comandar esquema ilícito de pagamento de propina em benefício de partidos, políticos e funcionários públicos.
A força-tarefa da Lava Jato sustenta ainda que Lula, quando era presidente, nomeou diretores da Petrobras para praticar crimes em benefício das empreiteiras Odebrecht e OAS. Em troca, recebeu propina das construtoras de forma disfarçada por meio de obras feitas no sítio. O ex-presidente nega as acusações.
Segundo o portal G1, foram arroladas mais de 130 pessoas pelas defesas dos réus , entre elas os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Dilma Rousseff. Ambos falarão como testemunha de defesa de Lula.
FHC deve prestar depoimento no dia 28 de maio, por videoconferência de São Paulo, e Dilma Rousseff deve falar no dia 25 de junho, por videoconferência de Porto Alegre.
(G1) Foto: Ricardo Stuckert ( NM)
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