Fantaspoa 2018 apresentará mais de 100 filmes entre 17 de maio e 03 de junho, muitos deles com sessões comentadas pelos diretores


O festival homenageia os diretores Mick Garris e William Lusti, as atrizes Elina Löwensohn e Oldina do Monte e investe no desenvolvimento da indústria cinematográfica latino-americana

Ao longo dos seus 14 anos de história é perceptível como, a cada edição, o evento amplia sua presença na cidade, por meio da realização de atividades dentro e fora do cinema, envolvendo cada vez mais os realizadores e o público. Em seus 18 dias, a cidade de Porto Alegre se torna uma referência: a verdadeira capital de cinema fantástico do mundo. A décima quarta edição, apresentada pelo Ministério da Cultura e patrocinada pelo BRDE e pelo Banrisul, terá em sua programação 106 filmes, entre longas e curtas-metragens, provenientes de 32 países. Serão mais de 100 sessões de exibição, sendo 33 com presença de diretores, produtores, atores ou roteiristas dos filmes apresentados, que conversarão com o público, de forma a aproximar os espectadores aos realizadores de cinema.

Reafirmando o seu foco curatorial e mantendo o compromisso de disponibilizar ao público filmes que dificilmente encontrariam distribuição nacional, 52 longas-metragens serão exibidos pela primeira vez no Brasil durante o Fantaspoa. Desses, cinco terão sua primeira exibição pública no mundo, enquanto que 31 estarão em première latino-americana e 16 em première nacional. As obras já exibidas nacionalmente nunca foram disponibilizadas ao público em nenhum cinema de Porto Alegre.

No Instituto Goethe de Porto Alegre, em atividade realizada em parceria com este instituto, o clássico expressionista “Nosferatu” será musicado ao vivo pela banda Skrotes, com entrada franca. A Cinemateca Capitólio Petrobras abrigará a exposição “Frankenstein: 200 Anos do Prometeu Moderno”, organizada por um coletivo de artistas capitaneado por Leo Dias de Los Muertos e que terá uma sessão musicada especial, de “Frankenstein”, de James Whale, com música criada e executada ao vivo pela Quarto Sensorial em colaboração com F_ck the Zeitgeist.

Dando continuidade à iniciativa de difundir o espetáculo cinematográfico, serão realizadas sessões gratuitas em escolas públicas, além de uma oficina gratuita a alunos da rede pública para ensinar a fazer filmes usando ferramentas acessíveis, como o telefone celular.

Reforçando sua busca por promover o conhecimento, o Fantaspoa oferecerá nove atividades de formação, que abordarão áreas importantes da realização audiovisual - como roteiro, atuação, direção e produção -, todas ministradas por experientes profissionais com carreira já consolidada na indústria cinematográfica. Para aproximar o público para além das salas de cinema, o festival passeará pelos mais interessantes locais da boemia porto-alegrense, como 512, Agulha, Dirty Old Man, Hair Home Bar, Mondo Cane, em festas e confraternizações.

A abertura do Fantaspoa será com a première mundial de “A Mata Negra”, quinto longa de Rodrigo Aragão. A primeira exibição mundial de “Pedra da Serpente”, primeiro longa-metragem de Fernando Sanches, marcará o encerramento desta edição. A celebração de abertura será no Groova, num baile de máscaras inspirado em “De Olhos Bem Fechados”;  e o encerramento do festival ocorrerá no Cisne Branco, na "Toda La Noche en El Barco": uma deliciosa festa navegando pelo Guaíba, na tradicional embarcação portoalegrense.

Grande novidade da edição de 2018, o FantasMercado será um evento de mercado dedicado a conectar projetos e realizadores com potenciais parceiros de produção. Contaremos com a presença de mais de 20 produtores e diretores da Argentina, Brasil, Chile e Peru, que apresentarão pitchings de filmes que estão em desenvolvimento e participarão de mesas de negócio. O evento contará, ainda, com uma palestra de Daniel Tonacci, assessor de diretoria da ANCINE, sobre o panorama das coproduções brasileiras com países da América Latina, abordando os mecanismos atualmente disponíveis aos produtores nacionais e estrangeiros. O objetivo é estender o fomento à produção audiovisual para além do papel de janela de exibição, estimulando que diversos projetos cumpram seu real objetivo: de se tornarem filmes.

Outra novidade do festival é o Madrugadão Fantaspoa, que ocupará a Cinemateca Capitólio Petrobras na madrugada do dia 26 a 27 de maio. Serão exibidos três longas e dois curtas-metragens inéditos na capital e, nos intervalos, o público poderá se servir de chope da Cervejaria Bardos e de comidas do Justo, num ambiente embalado por DJsets de Jade Primavera.


Homenageados desta edição:

O Fantaspoa homenageará quatro personalidades por sua contribuição à sétima arte: a brasileira Oldina do Monte, provavelmente a “rainha do grito” com mais idade em atividade e estrela dos filmes do diretor barbosense Felipe M. Guerra; a belga Elina Löwensohn, atriz recorrente nos filmes de Hal Hartley e que trabalhou com nomes como Spielberg, Abdellatif Kechiche, Michael Almereyda, entre outros; e os norte-americanos Mick Garris, cultuado diretor/roteirista/produtor que criou a emblemática série “Mestres do Horror”, uma reunião dos nomes mais respeitados do cinema de horror; e William Lustig, diretor de filmes cultuados como “O Maníaco” e “Maniac Cop” e dono da distribuidora Blue Underground.

Obras brasileiras de bastante projeção internacional, “O Animal Cordial” e “Mal Nosso” serão exibidas no Fantaspoa, em sessões com debates com os realizadores Gabriela Amaral Almeida e Samuel Galli. O primeiro, um thriller impactante e ensaio cruel sobre o comportamento humano, deu a Murilo Benício o prêmio de melhor ator no Festival do Rio e foi exibido em grandes festivais internacionais. “Mal Nosso”, que terá sua primeira exibição brasileira no Fantaspoa, estreou mundialmente no prestigiado festival de Moscou e foi aclamado por público e crítica, sendo apontado como um dos melhores filmes de horror de 2017 e colecionando elogios de publicações como The Hollywood News e Screen Daily.

Sempre buscando valorizar obras da América Latina, a curadoria, realizada por João Fleck e Nicolas Tonsho, selecionou obras de impacto que passeiam por diversos gêneros. O Chile é representado por “O Habitante”, de Guillermo Amoedo, que estreou no festival de Sitges e lida com temas escabrosos, como incesto, abusos, eutanásia e corrupção; e por “Trauma”, de Lucio A. Rojas, elogiada obra repleta de violência gráfica e que é apontada como a mais chocante desde o censurado “A Serbian Film”. País com relevante produção fílmica de gênero, a Argentina marca presença com “Aterrados”, de Demián Rugna, um dos filmes de terror argentino mais incensados pela crítica nos últimos anos; “Madraza”, de Hernan Aguilar, exibido e premiado no festival de Sitges e que conta a história de uma dona de casa que se torna assassina de aluguel; e “Luciferina”, de Gonzalo Calzada, recém-exibido no festival BIFFF, em Bruxelas, sobre uma noviça com o poder de ver a aura das pessoas. Do Uruguai, que não tem muita tradição na produção de filmes de gênero, será apresentado o hilário “Festa Nibiru”, de Manuel Facal, exibido no festival de Sitges. “Framed”, de Marc Martínez Jordán; “Matar a Deus”, da dupla Albert Pintó e Caye Casas; e “Errementari”, de Paul Urkijo Alijo; são algumas das produções vindas da Espanha. “Framed” é a e aguardada estreia do premiadíssimo Marc na direção de um longa-metragem; “Matar a Deus” foi considerado, pelo público, o melhor filme no festival de Sitges; e “Errementari” é uma fantasia obscura produzida pelo célebre Álex de la Iglesia.

A décima quarta edição será marcada pelo maior número de títulos japoneses em exibição no certame do festival. “Argila Vampira”, de Sôichi Umezawa, traz o terror na forma de uma argila possuída e assassina; “Funôhan”, de Kôji Shiraishi, é um thriller sobre um assassino que manipula as mentes das pessoas; o sombrio “Sanî/32”, dirigido por Kazuya Shiraishi, trata de uma criança assassina; “Plano-Sequência dos Mortos”, de Shin'ichirô Ueda, é uma irreverente comédia que brinca com o gênero fantástico; e a fantasia com robôs gigantes “BraveStorm”, assinada por Jun'ya Okabe, mostra uma família que viaja no tempo e constrói robôs gigantes para enfrentar alienígenas.

Da Alemanha, Adolfo Kolmerer e William James assinam o tarantinesco “Floco de Neve”, que mostra uma Berlim anárquica do futuro; Tilman Singer dirige “Luz”, atmosférico filme rodado em 16mm e exibido na Berlinale; Lukas Feigelfeld conta uma sombria história envolvendo bruxas e lendas pagãs, em “Hagazussa”; e Ken Duken apresenta o thriller “Berlin Falling”, sobre um homem - interpretado por Tom Wlaschiha (Game of Thrones), que estará presente no Fantaspoa - que planeja realizar um atentado terrorista na capital alemã.


Acompanhe:


XIV Fantaspoa
De 17 de maio a 03 de junho

Exibições:
Cinemateca Capitólio – Rua Demétrio Ribeiro, 1085. Centro Histórico.
Sala Redenção - Av. Paulo Gama, 110 - Campus Centro UFRS. Centro Histórico

Ingressos:
As sessões da Sala Redenção - Cinema Universitário do XIV Fantaspoa  são gratuitas e a entrada é liberada 30 minutos antes do início das sessões.
Os ingressos para as sessões da Cinemateca Capitólio Petrobras possuem um valor promocional único de R$ 10,00 (dez reais), exceto o Madrugadão Fantaspoa, que custará o valor promocional único de R$ 40,00 (quarenta reais).
 
Cursos (em breve será enviada a programação):
Centro Cultural Erico Verissimo - Rua dos Andras, 1233. Centro Histórico.
Santander Cultural – Av. Sete de Setembro 1028. Centro Histórico.


Apresentação: Ministério da Cultura
Patrocínio: BRDE e Banrisul
Curadoria: João Pedro Fleck e Nicolas Tonsho
Realização: Fantaspoa Produções


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