Mendonça de Barros fez uma análise sobre a economia de ontem e as perspectivas para o futuro. Ele disse que o Brasil vai bem e advertiu que o governo precisa gastar menos para poder reduzir os impostos. “Nossa carga tributária é muito elevada e representa custos difíceis de serem absorvidos pelo mercado, especialmente o internacional”. Disse também que o Brasil chegou ao teto da expansão do crédito e lembrou que, na comparação dos governos Lula com Dilma, o desemprego teve um peso especial. Lula assumiu com 12% de desemprego e Dilma com 5,5%. “Este detalhe é fundamental na questão dos salários”, enfatizou.
Classificou o índice de investimento no País como “baixo”, lembrando que “investimos 17% do PIB, quando o ideal seria 25%”. Com relação às dificuldades do Brasil em enfrentar os problemas de infraestrutura, Mendonça de Barros definiu a questão como um tema “delicado” para o PT explicando que “o governo ainda vive o labirinto da crise de privatizações”.
Na análise política, o economista, que também foi diretor do Banco Central e participou da equipe que elaborou o Plano Real, foi taxativo: “o PT mudou e daqui para frente não é mais o PT de José Dirceu”. Quanto ao Rio Grande do Sul, disse que “não é mais uma maravilha de Estado”, lembrando que, quando presidente do BNDES trabalhou para trazer uma fábrica de automóveis (Ford) para o Estado e quando conseguiu o governador (Olívio Dutra, do PT) não aceitou. “O PT tem um problema político e não sei como eles vão resolver”. concluiu. (Federasul. Foto: Ivan Andrade
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