Em jantar na casa do governador Sérgio Cabral, com a presença do
prefeito Eduardo Paes, na noite de quarta-feira (27), o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva ouviu um rosário de queixas dos peemedebistas
ao comportamento do senador petista Lindbergh Farias, pré-candidato a
governador. Lula disse que, no tempo certo, vai agir para tentar
resolver a crise entre PT e PMDB no Estado. O PMDB-RJ ameaça retirar o
apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff caso Lindbergh não
desista da candidatura em favor do vice-governador, Luiz Fernando Pezão,
pré-candidato do PMDB.
Apesar da irritação de Cabral e de Paes, o clima do jantar foi amistoso, com a concordância de que os três precisam se preservar diante do cenário de guerra entre petistas e peemedebistas, que se agravou ainda mais nesta quinta. O presidente regional do PMDB, Jorge Picciani, disse que Lindbergh e o presidente nacional do PT, Rui Falcão, têm "atitudes de calhordas" ao afirmarem que o pré-candidato petista não fará oposição a Cabral. O deputado petista Luiz Sérgio reagiu dizendo se tratar de "uma posição de arrogância, de como não se deve fazer política".
A crise PMDB-PT tornou-se aguda a partir dos vídeos protagonizados por Lindbergh Farias que foram ao ar na semana passada. Preparadas pelo marqueteiro João Santana, que cuidou da campanha da reeleição de Lula em 2006 e da eleição de Dilma Rousseff em 2010, as peças publicitárias chegaram a Cabral antes da sua exibição na televisão - vazadas por petistas. Irritado com o tom dos anúncios - seu mote era o de que o melhor momento do Rio ainda virá, com um eventual governo petista - Cabral aproveitou um encontro administrativo com a presidente, em Brasília, um dia antes de as peças irem ao ar, para reclamar. A própria presidente, contudo, já conhecia os anúncios: eles tinham sido exibidos por Santana.
"Dizer que não governamos para os pobres é coisa de calhorda. O Lindbergh é que precisa explicar o governo dele em Nova Iguaçu, precisa ter vergonha na cara", disse Picciani, criticando os dois mandatos de Lindbergh na prefeitura da cidade da Baixada Fluminense. "Qualquer político precisa apresentar os problemas que existem e têm que ser resolvidos. Quem depende de ônibus e trem no Rio de Janeiro está em situação muito ruim", rebateu Luiz Sérgio.
Picciani insiste que a posição do PMDB de cobrar a desistência de Lindbergh e rejeitar palanque duplo para a reeleição de Dilma Rousseff no Rio é "inarredável". "Lula, Cabral e Eduardo Paes continuarão a ter uma ótima relação, mas a briga no andar de baixo vai continuar", diz o dirigente peemedebista. Lindbergh começa nesta sexta (1) por Japeri, na Baixada Fluminense, uma versão estadual das caravanas da cidadania lideradas por Lula nos anos 1990. O petista prometer percorrer os 92 municípios fluminenses.AE
Apesar da irritação de Cabral e de Paes, o clima do jantar foi amistoso, com a concordância de que os três precisam se preservar diante do cenário de guerra entre petistas e peemedebistas, que se agravou ainda mais nesta quinta. O presidente regional do PMDB, Jorge Picciani, disse que Lindbergh e o presidente nacional do PT, Rui Falcão, têm "atitudes de calhordas" ao afirmarem que o pré-candidato petista não fará oposição a Cabral. O deputado petista Luiz Sérgio reagiu dizendo se tratar de "uma posição de arrogância, de como não se deve fazer política".
A crise PMDB-PT tornou-se aguda a partir dos vídeos protagonizados por Lindbergh Farias que foram ao ar na semana passada. Preparadas pelo marqueteiro João Santana, que cuidou da campanha da reeleição de Lula em 2006 e da eleição de Dilma Rousseff em 2010, as peças publicitárias chegaram a Cabral antes da sua exibição na televisão - vazadas por petistas. Irritado com o tom dos anúncios - seu mote era o de que o melhor momento do Rio ainda virá, com um eventual governo petista - Cabral aproveitou um encontro administrativo com a presidente, em Brasília, um dia antes de as peças irem ao ar, para reclamar. A própria presidente, contudo, já conhecia os anúncios: eles tinham sido exibidos por Santana.
"Dizer que não governamos para os pobres é coisa de calhorda. O Lindbergh é que precisa explicar o governo dele em Nova Iguaçu, precisa ter vergonha na cara", disse Picciani, criticando os dois mandatos de Lindbergh na prefeitura da cidade da Baixada Fluminense. "Qualquer político precisa apresentar os problemas que existem e têm que ser resolvidos. Quem depende de ônibus e trem no Rio de Janeiro está em situação muito ruim", rebateu Luiz Sérgio.
Picciani insiste que a posição do PMDB de cobrar a desistência de Lindbergh e rejeitar palanque duplo para a reeleição de Dilma Rousseff no Rio é "inarredável". "Lula, Cabral e Eduardo Paes continuarão a ter uma ótima relação, mas a briga no andar de baixo vai continuar", diz o dirigente peemedebista. Lindbergh começa nesta sexta (1) por Japeri, na Baixada Fluminense, uma versão estadual das caravanas da cidadania lideradas por Lula nos anos 1990. O petista prometer percorrer os 92 municípios fluminenses.AE
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