Com o plenário formado em sua maioria por evangélicos e com acesso
restrito a manifestantes contrários ao deputado Pastor Marco Feliciano
(PSC-SP), a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) teve hoje
(24) uma reunião mais tranquila em relação às últimas semanas. Desde o
início da tarde, a Polícia Legislativa bloqueou diversos acessos ao
corredor onde estão localizadas as comissões temáticas, o que reduziu o
número de pessoas próximas à sala da CDHM.
Nas últimas semanas, manifestantes contrários à eleição de Feliciano
para presidir a CDHM promoveram atos de protestos e conseguiram algumas
vezes cancelar os trabalhos da comissão. Contudo, mesmo com a plateia
mais serena hoje, a segurança da Câmara precisou retirar um manifestante
que discordou da forma como a sessão estava sendo conduzida e a
dificuldade de acesso imposta aos contrários ao presidente do colegiado
de participarem do debate.
O manifestante que foi retirado da comissão, Antônio José, disse que
não gostou de ver dentro da sala da comissão “apenas simpatizantes de
Feliciano”. Ele disse que não houve nenhuma agressão a ele para que
saísse da comissão. O deputado Simplício Araújo (PPS-MA), integrante da
comissão, defendeu o manifestante que foi retirado e disse que a
comissão precisa ter de volta os deputados que fazem parte da sua
história e que a CDHM precisa ter o contraditório e não só defensores de
Feliciano.
No início da reunião, destinada a debater a saúde indígena, o pastor
Marco Feliciano pediu ao presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo
Alves (PMDB-RN), que encaminhasse mais projetos para serem analisados
pela comissão. Segundo ele, no ano passado, o colegiado votou apenas
sete propostas. Ele informou, também, que procurou “diálogo” com quase
todos os deputados que deixaram a comissão. Feliciano disse que até hoje
não recebeu comunicado da saída dos deputados do colegiado. ABr
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