Depois de uma queda de 7,1% do consumo nos supermercados em abril, na
comparação com março, a segunda etapa da política de congelamento de
preços da Argentina começa neste sábado, 01, com 500 produtos, em 1.150
supermercados das 11 redes mais importantes do país, em 50 cidades,
segundo o vice-ministro de Economia, Axel Kicillof. Os supermercados
obrigados a manter a estabilidade dos preços representam apenas 10% do
total e 40% das vendas dos produtos da lista divulgada pelo governo.
Segundo a subsecretária de Defesa do Consumidor, María Lucila
Colombo, 60% das vendas são realizadas pelos armazéns e mercados
asiáticos localizados nos bairros. Embora não estejam obrigados a seguir
os preços estabelecidos, estes estabelecimentos comerciais buscam
negociar melhores condições com os fornecedores para não perder
competitividade em relação aos grandes supermercados.
Cada rede de supermercado vai exibir seus preços, dentro da faixa
fixada pelo governo, entre hoje e amanhã. A lista contém alimentos,
bebidas e artigos de limpeza e higiene, que, segundo o secretário de
Comércio Interior, Guillermo Moreno, são de primeira necessidade.
Porém, basta ler a lista para observar a presença de alguns itens que
não são catalogados pelas famílias mais carentes como "básicos". Por
exemplo, há 16 variedades de vinho; 5 marcas de cervejas e outras
bebidas alcoolicas; 8 tipos de sal de mesa e16 cremes e produtos de
beleza, desde tinta para cabelo a cera para depilação. A contradição é a
pouca oferta de leite, com apenas duas opções, e apenas dois tipos de
farinha de trigo.
Também há somente duas variedades de frutas: maças e laranjas.
Alimentos menos saudáveis têm ampla oferta, como sobremesas prontas,
salgadinhos, bolachas e biscoitos. De açúcar, produto de elevada demanda
popular, há apenas uma marca em oferta.
A política de congelamento teve início em fevereiro, envolvendo todos
os produtos. Agora, com um universo mais reduzido, o governo convocou
os militantes kirchneristas de movimentos como La Cámpora, organizações
sociais e prefeitos para fiscalizar os preços. A campanha dos fiscais de
Cristina é chamada de "vigiar para cuidar" e inclui a denúncia ao
secretário Moreno, que poderá impor multas dentro de um prazo de 24
horas ao estabelecimento que não respeitar os preços fixados. AE
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